25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1766-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO BACTERIANO POR SOLAMARGINA ISOLADA DE SOLANUM VIARUM DUN

Karina Corbi (UNESP); Adélia Emilia Almeida (UNESP)

Resumo

A literatura recente cita alguns glicoalcalóides como constituintes químicos responsáveis pela atividade antimicrobiana. A pesquisa de propriedades antimicrobianas em plantas vem crescendo, como resultado à resistência dos microrganismos aos antibióticos comumente usados na terapêutica. Esses estudos são constantemente incentivados pelo surgimento de novas doenças em decorrência à AIDS e o aparecimento de novos microrganismos. Visto o potencial farmacológico dos alcalóides, avaliou-se a atividade antimicrobiana da solamargina, metabólito secundário, extraída dos frutos de Solanum viarum Dun. Solanum é um gênero de plantas da família Solanaceae que inclui muitas espécies de plantas perenes, arbustivas ou trepadeiras que sintetizam glicoalcalóides como metabólitos secundários. A maioria das espécies de Solanum são venenosas, mas o grupo inclui alguns dos vegetais mais essenciais da alimentação humana como a batata, o tomate ou a beringela. O potencial efeito de inibição do crescimento bacteriano foi determinado através da técnica espectrofotométrica de microdiluição. Orifícios de microplaca foram preenchidos com 100 mL de meio de crescimento (1,0 g de glicose; 2,5 g de extrato de levedura; 5,0 g de triptona/L) contendo diferentes concentrações de solamargina (substância teste), sobre os quais foram adicionados 100 mL de cultura bacteriana, em crescimento exponencial (0,5 da escala de McFarland), e leitura espectrofotométrica a 620 nm.  Após incubação a 35-37ºC, por 24 horas, nova leitura espectrofotométrica foi realizada em mesmo comprimento de onda. Os testes foram realizados em triplicata. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) não foi obtida em nenhuma das concentrações usadas e, pelos resultados, sugerem que proporções maiores sejam testadas. A comparação do potencial antibacteriano entre as espécies utilizadas, demonstrou que a solamargina mostra-se mais ativa para Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853), Escherichia coli (ATCC 25922) e Enteroccus faecalis (ATCC 29212) onde obtivemos diminuição significativa no crescimento quando avaliado pela comparação da absorbância entre a menor e a maior diluição. Não foi observado nenhum efeito na inibição do crescimento das concentrações usadas para Staphylococcus aureus (ATCC 29213).


Palavras-chave:  antimicrobiano, solamargina, Solanum