25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1761-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

INFECÇÕES CAUSADAS POR ESTAFILOCOCOS COAGULASE-NEGATIVA E OXACILINA-RESISTENTE EM UTI NEONATAL DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO (HUPE/UERJ), RIO DE JANEIRO.

Paula Marcele Afonso Pereira Pereira (UERJ); Ana Luíza de Mattos Guaraldi Guaraldi (UERJ); Raphael Hiratta Junior Hiratta (UERJ); José Augusto Adler Pereira Pereira (UERJ)

Resumo

Estafilococos coagulase-negativa (ECN) estão entre os patógenos hospitalares mais importantes em pacientes de unidades de terapia intensiva neonatal, principalmente em infecções da corrente sanguínea. O principal objetivo deste estudo foi determinar a ocorrência de infecções hospitalares por estes microrganismos em recém-nascidos (RNs) da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ-RJ) e determinar os fatores de risco mais importantes. As amostras de ECN isoladas foram identificadas e classificadas quanto a origem (hospitalar ou comunitária) com base em uma série de dados clínicos e laboratoriais obtidos dos prontuários dos pacientes. Foram pesquisados os dados referentes a fatores perinatais de risco para infecção, evolução clínica, antibioticoterapia. Adicionalmente, foi avaliada a capacidade de formação de biofilme em meio de Agar Vermelho do Congo. Dentre as 20 amostras isoladas de ECN, S. epidermidis foi a espécie mais freqüentemente isolada (85.0%), e associada com infecção (75.0%) do que com contaminação (25.0%); 85.0% dos RNs adquiriram infecção no ambiente hospitalar. A totalidade dos RNs com infecção por ECN havia sido submetida a procedimentos invasivos tais como, uso de catéter (100%), nutrição parenteral (55.0%). Apenas seis amostras foram obtidas de 2 ou mais hemoculturas positivas. Os dados clínicos coletados, sugeriram que a grande maioria dos RNs adquiriu este microrganismo no ambiente hospitalar. A maioria (85%) apresentou resultado positivo para o teste do Vermelho do Congo. ECN oxacilina-resistente correspondeu a 88.2% dos isolados. A maioria dos neonatos infectados (88.2%) com amostras oxacilina-resistentes foram submetidas ao tratamento com vancomicina. Em conclusão, na UTI neonatal do HUPE/UERJ foram observados quadros de bacteremia nosocomial em neonatos fazendo uso de catéteres relacionados com amostras de ECN oxacilina-resistentes e produtoras de biofilme.


Palavras-chave:  RESISTÊNCIA, NEONATOS, BIOFILME, INFECÇÃO HOSPITALAR