OCORRÊNCIA DE COLIFORMES E CLOSTRIDIOS EM ALIMENTOS COMERCIALIZADOS EM FEIRAS LIVRES DE CARUARU-PE

Onício Batista Leal Neto (ASCES); Emanuel Rodrigues Moraes Filho (ASCES); Elaine Rafaelle Araújo Silva (ASCES); Thiago Yury Cavalcante Gavão (ASCES); Gibbelly Cavalcante Silva (ASCES); Agenor Tavares Jácome Júnior (ASCES)

Os alimentos, se contaminados, podem ser uma das principais fontes de infecção e disseminação de doenças. Estes, produzidos, manipulados ou armazenados de forma incorreta criam um cenário ideal para o desenvolvimento de bactérias. A qualidade microbiológica dos alimentos pode ser analisada através de microrganismos indicadores, sejam estes fecais ou orgânicos. Doenças causadas por toxinas de bactérias do gênero clostrídio são de alta relevância na saúde pública. Enfermidades graves, de ocorrência súbita, caracterizada por manifestações neurológicas e seletivas, com evolução dramática e elevada mortalidade são características deste gênero bacteriano formador de esporos. O objetivo desse estudo foi avaliar a ocorrência de coliformes totais, fecais e Clostridium perfrigens nos alimentos comercializados em três feiras livres na cidade de Caruaru – PE. A metodologia utilizada foi o ensaio por tubos múltiplos para a pesquisa de coliformes totais, termotolerantes e Clostridium perfrigens como preconizado pela American Public Health Association (APHA). Todas as amostras de conservas caseiras artesanais, mel e embutidos apresentaram-se positivas para coliformes totais, termotolerantes e Clostridium perfrigens. A presença de coliformes, como também do Clostridium perfrigens, está relacionada ao manuseio inadequado no processamento do alimento, refletindo sua qualidade higiênica. A referida presença de tais bactérias indica que os alimentos coletados tiveram contato de maneira direta ou indireta com fezes, de forma recente (coliformes) ou tardia (clostridio) uma vez que tais grupos de microrganismos não são componentes da microbiota de alimentos para consumo humano. Produtos comercializados em feiras livres ficam expostos a diversos fatores de contaminação, desde a produção artesanal, como foi o caso observado do mel e das conservas, até a revenda dos produtos provenientes da confecção mais elaborada, no caso dos embutidos, onde os clientes deste tipo de comércio costumam manusear o alimento antes de efetuar a compra. Este, que por sua vez, não é higienizado de forma correta quando chega ao consumo final, carreando consigo microrganismos potencialmente patogênicos. Tal achado demonstra a importância da educação sanitária através dos cuidados higiênicos no manuseio, comercialização e armazenamento de alimentos, pois estes, não tratados de forma correta, podem servir de fonte disseminadora de doenças.