25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1677-1


Área: Micologia Médica ( Divisão B )

AVALIÇÃO DA SUSCEPTIBILIDADE DE CRYPTOCOCCUS SPP. AO FLUCONAZOL PELOS PROTOCOLOS M27-A2 E M44-A.

Corine Silva Sampaio (UFBA - FacFar); Adriana de Souza Andrade (UFBA - FacFar); Neide Oliveira Silva (HCM); Tânia Fraga Barros (UFBA - FacFar)

Resumo

Cryptococcus spp. é o agente etiológico da criptococose, infecção fúngica oportunista que acomete principalmente pacientes imunodeprimidos. A meningite é a manifestação clinica mais grave e predominante, cujo tratamento se baseia no uso de anfotericina B com ou sem fluorocitosina, sendo a terapia de manuntenção feita com fluconazol. Estudos de vigilância de resitência fúngica vêm demostrando um progressivo aumento na resistência ao fluconazol entre isolados de Cryptococcus spp. no mundo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a concordância da susceptibilidade ai fluconazol de isolados de Cryptococcus entre dois métodos. Um total de 20 isolados de Cryptococcus de pacientes com meningite, oriundos do Hospital Couto Maia (HCM), na cidade do Salvador, teve a susceptibilidade frente ao fluconazol determinada através dos protocolos das técnicas de disco difusão (M44-A) e da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) por meio da microdiluição em caldo (M27-A2), ambos do Clinical and Laboratory Standarts Institute. Pela técnica de disco difusão, 85% foram considerados resistentes, 5% sensíveis dose dependentes e 10% sensíveis. No entanto, apenas 35% dos isolados apresentaram resistência, enquanto 65% foram sensíveis dose dependentes por meio da determinação da CIM. A concordância entre os resultados foi de apenas 30%. diversos trabalhos mostram que a comparação da susceptibilidade feita pelas técnicas utilizadas apresentam menores discordâncias em relação à classificação de um isolado sensível do que em relação à classificação como resistente e sensível dose dependente. Alguns autores sugerem que a determinação da curva de morte possa ser melhor preditor para determinação da resistência aos antifúngicos do que pelos valores obtido por meio de microdiluição em caldo. Embora existam alguns relatos de resistência de Cryptococcus frente a anfotericina B, azóis e fluorocitosina, sugerimos uma reavaliação da resistência ao fluconazol apresentada utilizando as metodologias do E-test e análise por meio de curvas de morte e de concentração fungicida mínima, pois as causas das variações da determinação da susceptibilidade não foram avaliadas mas apontam para a necessidade de vigilância da resistência antifúngica.


Palavras-chave:  Criptococcus spp., Fluconazol, M27-A2, M44-A, Resistência Fúngica