25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1652-3


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

 ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE ALGUNS ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES) FRENTE A CANDIDA ALBICANS IN VITRO.

Andreza Urba de Quadros (UNICENTRO); Daniel Bini (USP, ESALQ); Priscilla Aparecida Tartari Pereira (FCFRP, USP); Elaine Pitnner (UNICENTRO); Marta Chagas Monteiro (UFPA)

Resumo

 

Introdução: Candida albicans é um agente infeccioso oportunista, pertencente à microbiota endógena, que pode causar infecções agudas ou crônicas em pacientes imunocomprometidos, além de estar amplamente ligada à infecções hospitalares. Vários autores já tem descrito que prostaglandinas (PGs) são fundamentais para o crescimento de C. albicans, especialmente das espécies produtoras de biofilmes. Com isso, esse trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de alguns antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) no crescimento de Candida albicans in vitro. Métodos: Diferentes concentrações de salicilato de sódio (SS-1100, 1700 e 2200mM), ácido acetilsalicílico (AAS-2.2, 10 e 22 mM), ibuprofeno (IB- 0.22, 2.2, 22, 44mM) e indometacina (ID-0.11, 1.1, 11mM) foram incubados com uma cepa de C. albicans proveniente de isolado clínico, seguindo a norma M27-A2 do NCCLS, a 37ºC, sendo que, após 48 horas as unidades formadoras de colônia (UFC) remanescentes foram contadas e expressas em percentual de inibição de crescimento. Resultados e discussão: Todas as drogas foram capazes de inibir o crescimento de Candida in vitro, no entanto, as concentrações necessárias para inibir 100% do crescimento fúngico variaram dependendo do composto avaliado. Nesse sentido, a ID foi a que apresentou melhor eficácia em menor dose, visto que 1.1mM da droga já foi capaz de inibir aprox. 90% do crescimento da levedura, sendo que a dose de 11 mM foi capaz de inibir 100%; seguida da AAS e IB, em que 22 e 44mM foram as concentrações capazes de matar 100% do agente, respectivamente. O SS foi a droga menos potente entre os AINES avaliados, mas não menos eficaz, visto que a sua atividade antifúngica foi observada desde a dose de 1100 mM, com inibição total do crescimento fúngico com a concentração de 2200mM da droga utilizada nos ensaios. Conclusões: Nossos dados mostraram que todos os AINES, inibidores de COX, foram eficazes em inibir 100% do crescimento de Candida albicans in vitro, no entanto, a droga mais potente foi a indometacina, seguida de ácido acetilsalicílico. Além disso, nossos dados evidenciam a importância das PGs no crescimento de Candida albicans e acreditamos que os efeitos antifúngicos observados são dependentes das diferentes afinidades dos AINES durante a inibição de COX.

PALAVRAS-CHAVE: AINES, Candida albicans, atividade antifúngica, prostaglandinas, COX.


Palavras-chave:  AINES, Candida albicans, atividade antifúngica, prostaglandinas, COX