25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1652-2


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

 SUSCETIBILIDADE ANTIMICROBIANA DE ISOLADOS CLÍNICOS PROVENIENTES DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DO INTERIOR DO PARANÁ

Odilon Marcel Bini (UNICENTRO); Evelaine Niezer (UNICENTRO); Hermes Francisco Sanches (UNICENTRO); Andreza Urba Quadros (UNICENTRO); Elaine Pitnner (UNICENTRO); Marta Chagas Monteiro (UFPA)

Resumo

 

Introdução: Infecções nosocomiais são atualmente um dos maiores desafios da rede pública de saúde, não só por contribuir para o aumento da morbimortalidade dos pacientes, como também elevando os custos do tratamento e permanência na rede hospitalar. Além disso, uma das maiores preocupações está sendo o aumento progressivo da resistência de algumas bactérias aos antibióticos comumente utilizados, principalmente em âmbito hospitalar. Com isso, este trabalho teve por objetivo isolar cepas bacterianas provenientes de pacientes do Hospital Santa Casa de Prudentópolis e verificar a sensibilidade dessas cepas aos antibióticos comerciais. Métodos: Foram analisadas 30 amostras obtidas de secreções de feridas cutâneas purulentas, de pacientes atendidos no Hospital Santa Casa de Prudentópolis/PR; que foram cultivadas em meios seletivos e diferenciais no laboratório de Microbiologia da UNICENTRO/PR. Em seguida, as espécies foram identificadas por testes bioquímicos, em seguida foi feito o antibiograma pela técnica da difusão do antibiótico em ágar a partir de discos impregnados, conforme KIRBY-BAUER, recomendada pelo NCCLS. Resultados e discussões: Das 30 amostras analisadas, 4 (13%) não cresceram em cultura, sugerindo que os pacientes poderiam estar sob tratamento com antimicrobianos antes da coleta. Das 26 amostras identificadas, a maioria das cepas pertenciam a bactérias gram-positivas (57,7%), com predomínio do gênero Staphylococcus (66,7%). Dentre as gram-positivas, 4 espécies eram de Staphylococcus aureus (26,7%), 6 Estafilococos coagulase negativa (ECN-40%), 3 Enterococcus sp. (20%) e 2 Streptococcus sp. (13,3%). Quanto às bactérias gram-negativas, as enterobactérias foram as mais frequentes (72,7%), destas 4 eram Salmonella sp. (50%), 3 Proteus mirabilis (37,5%) e 1 Enterobacter sp. (19,5%). Das 3 amostras restantes identificadas como gram negativas não fermentadoras, 2 eram Pseudomonas aeruginosa. O teste de sensibilidade aos antimicrobianos demonstrou que quase 100% das cepas foram multirresistentes aos antibióticos testados, principalmente a ampicilina, penicilina G, eritromicina, cefotaxima e cefalotina. Interessantemente, dentre as cepas isoladas, identificamos uma cepa de P. Aeruginosa resistente a todos os antibióticos testados e uma de S. Aureus também resistente à maioria dos antibióticos, incluindo a vancomicina. Conclusões: Conclui-se que a maioria das cepas isoladas foi bactérias gram-positivas, principalmente Staphylococcus sp. e os isolados clínicos se apresentaram multirresistente aos vários antibióticos utilizados na clínica, principalmente ampicilina e penicilina G. Nesse sentido, vários fatores podem contribuir para esta multirresistência, tais como a facilidade destas bactérias sofrerem mutações gênicas e o uso abusivo e indiscriminado de drogas antimicrobianas.

PALAVRAS-CHAVE: infecção nosocomial, enterobactérias, ambiente hospitalar, infecção hospitalar.


Palavras-chave:  infecção nosocomial, ambiente hospitalar, infecção hospitalar, enterobactérias, antimicrobianos