25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1631-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

AÇÃO FOTODINÂMICA DA PROTOPORFIRINA DE MAGNÉSIO EM STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTES À METICILINA

Gabriela Pessotti Novaes (RESBAC / UFES); Araceli Verônica Flores Nardy Ribeiro (CEFETES); Joselito Nardy Ribeiro (LBM / UFES); Ana Paula Ferreira Nunes (RESBAC / UFES)

Resumo

Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) são relevantes no quadro de infecções hospitalares e, atualmente, também nas comunitárias; responsável por 61% dos casos de S. aureus notificados no período de julho de 2006 à dezembro de 2007 no Brasil de acordo com a ANVISA. Devido a atual limitação em opções de tratamento, há um crescimento progressivo das taxas de morbi-mortalidade e custos conseqüentes de infecções por MRSA. Diante dos fatos, urge a necessidade da pesquisa de novas alternativas terapêuticas, tendo o nosso estudo demonstrado a eficácia - in vitro - da terapia fotodinâmica (PDT) por meio da irradiação (22,57 J/cm2) de microplaca contendo como fotossensibilizador a protoporfirina de magnésio (MgPpIX) nas concentrações de 10, 20, 30 e 40 µM, caldo TSB, PBS e cepas de Staphylococcus aureus sensível (ATCC 29213) e resistente (ATCC 33591) à meticilina, em cada poço, sendo a viabilidade das cepas quantificadas por meio de curva tempo-morte nos tempos -1, 0, 4, 8, 12 e 24 h pós-irradiação. Uma alta taxa de redução de unidades formadoras de colônias (UFC) foi observada após 4 h (4 log10 de redução para MRSA e 7,12 log10 para MSSA), atingindo uma redução máxima em 8 h com 6,32 e 8,5 log10 de redução na concentração de 10 µM para MRSA e MSSA, respectivamente. A recuperação do crescimento das bactérias viáveis foi observada após 12 h de incubação. Não houve ação antibacteriana da MgPpIX sem a irradiação. Portanto, a PDT-MgPpIX demonstrou uma atividade fotodinâmica relevante na destruição de MRSA (cerca de 6 log10 de redução em 8 h) e uma atividade antibacteriana da substância não significativa, indicando uma ação seletiva da terapia em baixas concentrações. Os resultados obtidos sugerem uma possível aplicabilidade clínica, estimulando estudos mais aprofundados com o objetivo de transformar a PDT-MgPpIX como possibilidade terapêutica ou preventiva de combate as infecções por MRSA. Apoio financeiro: FAPES (Fundação de Apoio à Ciência & Tecnologia do Espírito Santo); FACITEC (Fundo de Apoio à Ciência e Tecnologia do Município de Vitória).


Palavras-chave:  terapia fotodinâmica, PDT, protoporfirina de magnésio, MRSA, Staphylococcus aureus