Material e métodos: Operárias e soldados foram coletados de um formigueiro de Atta sexdens rubropilosa mantido em laboratório no Centro de Estudos de Insetos Sociais – CEIS, UNESP, RC. Partes do gáster, tórax e cabeça destes indivíduos foram imersos em meio sólido. Além disso, inóculos foram obtidos a partir da raspagem da carapaça quitinosa dos mesmos. Utilizou-se o meio Mycosel. As placas foram incubadas a 30°C até o aparecimento das culturas negras (por volta de 15-20 dias). A identificação dos isolados foi feita baseando-se em características microscópicas e sequenciamento do DNA ribossomal.

Resultados e discussão: Os gêneros isolados com maior freqüência, até o momento foram: Cladosporium, Phialophora, Drechslera e as espécies Curvularia trifolii, C. lunata e Paraphaeosphaeria michotii. Todos estes táxons apresentam registros de fitopatogenicidade. O gênero Curvularia, por exemplo, pode causar o enegrecimento foliar em milho, resultando na morte de plantas jovens e danos a plantações inteiras. P. michotii (ex Leptosphaeria michotii), tem sido também observado como sapróbio endofítico. Os demais gêneros possuem levantamentos extensivos em virtude da importância que apresentam. Estudos focando insetos como vetores de fitopatógenos constituem uma área de pesquisa importante para a agricultura brasileira. A distribuição, os danos e o controle de formigas cortadeiras tem sido alvo de inúmeras pesquisas. Outros isolados obtidos ainda encontram-se em fase de identificação.

Conclusão: Espécies fúngicas fitopatógenas estão associadas a operárias e soldados de Atta sexdens rubropilosa, podendo ser dispersas por estas formigas.