25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1585-2


Área: Micologia Médica ( Divisão B )

IDENTIFICAÇÃO CONVENCIONAL E MOLECULAR DE LEVEDURAS DO GÊNERO CANDIDA

André Luiz Quintanilha Torres (IPEC/Fiocruz); Patricia Morais E Silva Tavares (IPEC/Fiocruz); Gabriela Pinhel de Moraes (IPEC/Fiocruz); Manoel Marques Evangelista de Oliveira (IPEC/Fiocruz); Mauro de Medeiros Muniz (IPEC/Fiocruz); Rosely Maria Zancope Oliveira (IPEC/Fiocruz)

Resumo

Infecções fúngicas estão sendo a causa de mortalidade e morbidade de muitos pacientes em vários continentes. Uma rápida identificação fúngica no sangue é essencial para a sobrevida de um paciente.  Entretanto, os métodos convencionais para diagnóstico são lentos. O padrão ouro para detecção de fungemia por Candida spp é a hemocultura. Este processo ocorre entre 48-96 horas para identificação em nível de espécie e pode apresentar resultados falso-positivos em 65% dos pacientes. Outras metodologias requerem um período de 5 a 7 dias para liberação de um resultado negativo. Portanto, nosso principal objetivo é a identificação e caracterização fenotípica e molecular de leveduras associadas a episódios de fungemias isoladas em hospitais da cidade do Rio de Janeiro, visando aprimorar o conhecimento científico e epidemiológico destas infecções em pacientes imunocomprometidos, portadores do vírus HIV ou não. Até o presente 900 leveduras provenientes de quatro unidades hospitalares já foram identificadas fenotipicamente em nosso laboratório, sendo Candida albicans e Candida parapsilosis as espécies mais associadas com candidíase sistêmica. Entre estas, inicialmente 12 foram utilizadas para a padronização de PCR Multiplex. Este método consiste na amplificação de regiões do DNA ribossomal (ITS1, 5.8S e ITS2) usando os primers (forward) específicos para as espécies de Candida de maior importância médica e o iniciador universal UNI2 (reverse), visualização dos “amplicons” em gel de agarose 2%, e comparação com um padrão de pares de base (pb), onde se observou concordância de 100% entre a identificação fenotípica e molecular. As amostras identificadas como C. albicans mostraram um “amplicon” com 450 pb, C. krusei com 150 pb, C. glabrata com 800 pb, C. tropicalis com 500 bp e C. parapsilosis com 370 pb. Através destes resultados sugerimos que novas amostras de Candida spp. já identificadas fenotipicamente e também avaliadas taxonomicamente através de sequenciamento da região ITS do DNA ribossomal deveriam ser analisadas pelo novo método, PCR Multiplex,  para validação desta metodologia  e posterior aperfeiçoamento, uma vez que esta nova ferramenta molecular permitirá diminuir o tempo de identificação das leveduras isoladas de infecções sistêmicas propiciando a implementação de melhorias na qualidade das ações e intervenções dos profissionais de saúde ao paciente.

Apoio financeiro:Programa DST/AIDS do Ministério da Saúde, FAPERJ e CNPq


Palavras-chave:  Candida, Diagnóstico, Identificação convencional, Identificação molecular