25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1569-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

SIMPLIFICANDO A IDENTIFICAÇÃO DE BASTONETES GRAM NEGATIVOS NÃO FERMENTADORES EM LABORATÓRIO CLÍNICO

Elisa da Costa Pinto (HUPE/UERJ); Erica Aparecida dos Santos (HUPE/UERJ); Jane Anacleto Moura (HUPE/UERJ); Cecília Maria Ferreira da Silva (HUPE/UERJ); Sérgio Antônio Cruz Melo (HUPE/UERJ); Elizabeth Andrade Marques (HUPE/UERJ)

Resumo


A rápida e precisa caracterização dos microrganismos determinam o sucesso do tratamento das infecções. A utilização de metodologias automatizadas, pode abreviar o tempo de emissão dos laudos favorecendo condutas mais adequadas. Em relação às infecções de corrente sanguinea, o isolamento de BGN-NF de difícil caracterização, ocorre com alguma frequência. Uma das dificuldades em relação a utilização dos métodos automatizados é a identificação desses microrganismos, especialmente  os mais raros. O objetivo deste trabalho foi avaliar a identificação de BGN-NF por sistema automatizado e comparar com os resultados obtidos com  testes manuais. Avaliamos hemoculturas positivas para BGN-NF, considerando uma amostra por paciente em diferentes clínicas de um hospital universitário (HUPE/UERJ), no período de junho de 2008 a junho e 2009. A metodologia automatizada usada foi o SISTEMA VITEK 2/Bio Merieux® e também uma ampla bateria de testes fenotípicos manuais. Para  Acinetobacter spp., Complexo Burkholderia cepacia, Pseudomonas aeruginosa, Stenotrophomonas maltophilia e Elizabethkingea meningoseptica a concordancia entre os métodos foi de 100%. Houve discordância quando o método automatizado identificou:  Achromobacter xylosoxidans, Cryseobacterium indologenes, Comamonas spp., Delftia acidovorans,  Ochrobactrum spp. e Sphingomonas paucimobilis. Provas como oxidase e mobilidade que não constam na automação, foram importantes. No caso do isolado identificado como D. acidovorans, os testes manuais identificaram S.maltophilia. Neste caso a prova de oxidase foi negativa e lisina positiva, o que excluiria D.acidovorans, que tem comportamento inverso. Observamos que o uso de um número pequeno de testes manuais, incluindo: oxidase, DNase, mobilidade, indol, citrato, ONPG , PYR e  polimixina B foram úteis na caracterização das demais espécies onde houve discordância. O uso de duas metodologias concomitantes beneficia a caracterização de BGN-NF não usuais. Alem disso, poucas provas fenotípicas podem ser suficientes para a confirmação da identificação por método automatizado e também podem ser um facilitador para os laboratórios que não dispõem de métodos automatizados.



Palavras-chave:  bastonetes não fermentadores, identificação automatizada, identificação manual