25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1562-2


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA E GENOTÍPICA DE SERRATIA MARCESCENS PROVIENTES DE UNIDADE NEONATAL DE REFERÊNCIA EM BELÉM-PARÁ

Karla Valéria Batista Lima (IEC); Raimundo Gladson Corrêa Carvalho (CESUPA); Samya Thalita Picanço Costa (CESUPA); Elys Juliane Cardoso Lima (IEC); Josiane Lílian de Sousa Lima (IEC); Ana Roberta Fusco Costa (IEC); Francisco Lúzio de Paula Ramos (IEC); Irna Carla do Rosário Souza Carneiro (UEPA/CCSE)

Resumo

A Serratia marcescens tem sido relatada como importante agente de infecções relacionadas à saúde (IRAS), destacando-se por apresentar elevado nível de resistência intrínseca as drogas usadas em neonatologia, além de persistir por longos períodos no ambiente hospitalar. Neste trabalho foram avaliadas por métodos fenotípicos e moleculares S. marcescens isoladas a partir colonização do trato gastrointestinal ou sepse tardia em neonatos internados em Unidade Neonatal (UN) em Belém. A identificação das S. marcescens e teste de sensibilidade foram realizados por meio de sistema automatizado Vitek (BioMérieux); a suscetibilidade ao ertapenem foi avaliada com auxílio de fita e-teste (Oxóide). A genotipagem foi feita por ERIC (enterobacterial repetitive intergenic consensus) usando os primers ERIC1 (5'-TGAATCCCCAGGAGCTTACAT-3') e ERIC2 (5'- AAGTAAGTGACTGGGGTGAGCG- 3'). Foram obtidas 15 culturas de S. marcescens; todas apresentaram resistência a ampicilina, ampicilina-sulbactam, gentamicina e cefalotina. Não foi observada resistência a ciprofloxacina, imipenem, meropenem e ertapenem. Quanto aos demais antibióticos avaliados o perfil de suscetibilidade foi variável. Foram obtidos 11 padrões de amplificação por ERIC, dois foram compartilhados por 14 isolados. Foi possível observar um padrão polimórfico característico para as cepas provenientes de colonização gastrointestinal, exceto em dois casos que apresentaram padrões genotípicos relacionadas a casos de sepse. Os dados obtidos neste trabalho confirmam a elevada resistência da S. marcescens aos antibacterianos, no entanto, todos os isoladas apresentaram sensibilidade a ciprofloxacina e aos carbapenêmicos. A análise da tipagem por meio de antibiograma e ERIC sugerem dispersão de clones associados à colonização ou sepse entre alas na UN do hospital estudado.


Palavras-chave:  Serratia marcescens, Infecção hospitalar, ERIC-PCR