EFEITO INIBITÓRIO DE ALGUNS EXTRATOS VEGETAIS SOBRE ENTEROCOCCUS FAECALIS

Bruna Caroline Monteiro Alencar Alencar (IFAM); Juliana Mesquita Vidal Martínez de Lucena Lucena (IFAM); Lucilene da Silva Paes Paes (IFAM); Luciana Cristina de Souza Aguiar Aguiar (IFAM)

Muitas espécies vegetais são descritas na literatura sobre plantas medicinais, como apropriadas para o controle de doenças infecciosas. Com o propósito de investigar a atividade biológica de diferentes extratos vegetais sobre Enterococcus faecalis, foram selecionadas as espécies Arrabidaea chica, Costus spicatus, Cymbopogon citratus, Eupatorium ayapana, Kalanchoe pinnata, Morus sp, Piper calosum e Pav e Pedilanthus sp, utilizadas popularmente na produção de remédios caseiros na forma de chás e macerações. Foi avaliada a interferência desses extratos sobre a viabilidade bacteriana por método de disco-difusão e por diluição em caldo. Extratos aquosos obtidos por decocção e extratos hidroalcoólicos resultantes da maceração de folhas em etanol foram testados em diferentes concentrações volume/volume: 4,8%, 9,1%, 16,7% e 28,6%. Os extratos aquosos não demonstraram qualquer interferência no crescimento de E. faecalis pelos métodos utilizados. Para os extratos hidroalcoólicos de K. pinnata, Morus sp., e Pedilanthus sp, os testes de disco-difusão revelaram halos inibitórios translúcidos e bem delimitados. A inibição do crescimento bacteriano por essas espécies se confirmou no teste por diluição, sendo a redução do número de células por mL proporcional ao aumento da concentração. Foi observado ainda, fenômeno de aglutinação celular, o que reduziu drasticamente o número de células para próximo de zero, após 24 h. A concentração inibitória mínima foi de 9,1% para os extratos hidroalcoólicos de Morus sp e Pedilanthus sp, e de 28,6% para K. pinnata. Os resultados sugerem a presença de substâncias bioativas contra E. faecalis e confirmam a ação antimicrobiana resultante do preparo de macerações segundo costumes populares. Preparos simples e de baixo custo podem auxiliar no controle do biofilme formado por E. faecalis e indicar novas fontes alternativas de princípios ativos para pesquisa de antimicrobianos.