AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DA CARNE BOVINA MOÍDA COMERCIALIZADA EM SUPERMERCADOS E AÇOUGUES NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

Leticia Castelo Branco Peroba de Oliveira (UnP); Cecília Maria Costa da Silva (UnP); Jannaty Èrica Damasceno Pinto (UnP); Raissa Maria Chaves Dantas Barreto Godeiro (UnP); Ligia Maria Rodrigues de Melo (UnP)

Os alimentos crus albergam grande quantidade de microrganismos patogênicos para o homem. Dentre esses alimentos, destaca-se, a carne bovina, responsável por vários surtos de toxiinfecções alimentares. Visando minimizar o risco à saúde do consumidor, a legislação vigente preconiza periódicas análises microbiológicas de alimentos, inclusive dos produtos cárneos, a fim de avaliar as condições higiênico-sanitárias desses produtos e a presença de microrganismos patogênicos. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade microbiológica da carne bovina moída comercializada nos supermercados e açougues do município de Natal – RN. As amostras (20) foram coletadas em supermercados e açougues do município de Natal/RN. De acordo com a Resolução - RDC nº 12 de 02/01/2001, o perfil microbiológico foi determinado pelos seguintes parâmetros: contagem de coliformes fecais pela técnica do Número Mais Provável (NMP), presença/ausência de Salmonella spp, contagem padrão em placas para Staphylococcus aureus e contagem padrão em placas para bactérias psicrotróficas. Os coliformes fecais foram encontrados em 100% (20) das amostras e em 15% (3) delas foram identificadas fenotipicamente e sorologicamente bactérias pertencentes ao gênero Salmonella spp, apresentando-se, portanto, fora dos limites estabelecidos pela legislação (ausência em 25g da amostra). O perfil de resistência das cepas de Salmonella spp isoladas foi: 100% resistentes à ampicilina, oxacilina, eritromicina e clindamicina; 66,7% à tetraciclina e nitrofurantoína; 33,4% ao cloranfenicol. O S. aureus foi isolado em 25% (5) das amostras. O perfil de resistência das cepas de S. aureus isoladas foi: 100% resistentes à ampicilina e 20% à penicilina, oxacilina e amoxicilina. As bactérias psicrotróficas foram detectadas em 100% das amostras. Com base nestes dados, concluímos que, estes alimentos estão impróprios para o consumo humano, sugerindo-se a implantação de programas que permitam um controle adequado de qualidade e que garantam segurança alimentar ao consumidor.