ISOLAMENTO E PERFIL DE SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS E AO IODO DE AMOSTRAS DE CORYNEBACTERIUM SPP. ISOLADAS DE CAPRINOS E OVINOS DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Maria da Conceição de Aquino Sá (UNIVASF); Isabelle Franco (UNIVASF); Cristina Costa Krewer (UNIVASF); Mateus Matiuzzi da Costa (UNIVASF)

A ovinocaprinocultura é de fundamental importância sócio-econômica para o Nordeste, pois representa uma alternativa na oferta de carne, leite e derivados, favorecendo o aspecto alimentar, especialmente da população rural. Os fatores sanitários são os principais responsáveis pela redução da produtividade, dentre os quais destaca-se a linfadenite caseosa, denominada “mal do caroço”, doença ocasionada pelo Corynebacterium spp. e acometem ovinos e caprinos, entre outras espécies. Objetivou-se isolar e avaliar o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos e ao iodo das amostras de Corynebcaterium spp. isoladas de caprinos e ovinos do Vale do São Francisco. Foram coletados materiais de abscessos em caprinos e ovinos de fazendas da região do Vale do São Francisco, estes foram cultivados em placas de Ágar Base enriquecido com sangue ovino a 10% incubado-as por 48 horas a 37ºC. Após crescimento foi realizado coloração de Gram e repicados para caldo Müller-Hinton (MH). A metodologia utilizada para verificar a sensibilidade dos isolados aos antimicrobianos foi o método de difusão em disco modificado. Os agentes antimicrobianos avaliados foram Gentamicina, Oxacilina, Tetraciclina, Rifampicina, Ácido Nalidíxico e Amoxicilina.  Foram empregadas as técnicas da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM) para a determinação da atividade antimicrobiana in vitro do Iodo nas concentrações de 20%, 10%, 5%, 2,5%, 1,25% e 0,75%. Os animais apresentavam abscessos fechados ou já abscedados nos linfonodos ou tecido subcutâneo, fazendo suspeitar de linfadenite caseosa. Em apenas uma amostra, não foi efetuada antibiograma, pois o material estava contaminado com outros microrganismos. Os resultados de sensibilidade dos 14 isolados de Corynebacterium spp. aos 6 antimicrobianos foram o seguinte: tetraciclina 100% (n=14), gentamicina 86% (n=12), rifampicina 78% (n=11), ácido nalidíxico 36% (n=5), amoxicilina 78% (n=11) e oxacilina com 71% (n=10) e observou-se atividade inibitória do Iodo nas concentrações testadas sobre todos isolados avaliados.  Dos antimicrobianos utilizados a tetraciclina é o mais indicado para tratamento, porém não recomendado uso de antibióticos devido ao seu custo e não conseguir penetrar na cápsula dos abscessos, considerando a eficiência do uso de iodo e seu baixo custo, pode ser utilizado como medida curativa de eleição.