25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1454-2


Área: Microbiologia de Alimentos ( Divisão K )

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA MARINHA EM ÁREA DE EXTRATIVISMO DE MARICOS NO MUNICÍPIO DE IGARASSU-PE

Jacqueline Batista (UFRPE); Juliana Interaminense (UFRPE); Roberta Ventura (UFRPE); Ayrles Silva (UFRPE); Maria Ralph (UFRPE); Yone Cavalcanti (UFRPE); José Lima-filho (UFRPE)

Resumo

O município de Igarassu está localizado no litoral norte da região metropolitana do Estado de Pernambuco, onde se encontra uma grande atividade extrativista de mariscos pelas comunidades pesqueiras, em especial do molusco bivalve Anomalocardia brasiliana. Considerando o grande consumo humano desses animais na região, a ausência de uma adequação higiênico-sanitária e o fato de que os moluscos consumidos são animais filtradores que concentram partículas e microrganismos existentes no ambiente, no presente estudo a água marinha da principal área de extração de cultivo, Praia de Mangue Seco com 1600 m de extensão, foi analisada. Foram realizadas coletas de água de Abril a Julho de 2009, totalizando 16 amostras/mês. A área de coleta foi distribuída em oito pontos, espaçados por 200 metros entre si. Em cada ponto foram coletados, com frascos estéreis 100 mL de água e cada amostra sofreu diluições       (10-1,10-2 e 10-3) em tubos contendo água peptonada estéril. Para tanto, foi utilizada a técnica do Número Mais Provável (NMP/100 mL), usando o meio Lauril Sulfato Triptose como teste presuntivo, e  a partir da leitura dos resultados positivos, um teste confirmatório foi realizado em tubos contendo Caldo Bile Verde Brilhante.  Para detecção e quantificação de coliforme fecal, utilizamos como teste confirmatório, o Caldo EC. A contagem de bactérias heterotróficas (UFC/mL) no ambiente marinho foi realizada em Ágar BHI. De maneira geral a quantidade de bactérias heterotróficas quantificadas variou de 104  a 106 UFC/mL. Contudo a água se apresentou dentro dos padrões de qualidade estipulados pela ANVISA, sendo que somente 09 das 64 amostras se apresentaram insatisfatórias. Esse resultado se deve provavelmente ao fato de que não há descarga de esgotos na área de extração que comprometa a qualidade da água da região. Conclui-se que a água marinha do ambiente de Mangue Seco possui parâmetros aceitáveis de qualidade higiênico-sanitária para extração de mariscos e A. brasiliana.


Palavras-chave:  Sanidade, Água, Mariscos