INFLUÊNCIA DE KEFIR NA PROLIFERAÇÃO, LIBERAÇÃO DE TOXINA E ADESÃO A CÉLULAS EPITELIAIS HUMANAS DE BACTÉRIAS PATOGÊNICAS.

Marina Tavares dos Anjos (IBU); Gabrielle Ribeiro Andrade (IBU); Keyde Cristina Martins de Melo (IBU); Rita de Cássia Ruiz (IBU); Claudio Alberto Torres Suazo (Ufscar); Marta de Oliveira Domingos (IBU)

Introdução: Kefir é um leite fermentado que contém muitas substâncias funcionais. É o produto de inúmeras espécies bacterianas e leveduras que estão confinados em uma matriz polissacáridica denominada de "grãos de kefir". A atividade metabólica dos grãos de kefir produz ácido lático, ácido acético, etanol, acetato de etila, péptidos (bacteriocinas) e moléculas que inibem o crescimento de bactérias patogênicas. Kefir tem sido utilizado empiricamente por mais de 2000 anos para combater doenças infecciosas, no entanto, poucos estudos caracterizando sua atividade biológica têm sido publicados na literatura científica. Objetivo: O propósito deste projeto é avaliar a influência do Kefir na proliferação, liberação de α-hemolisina e adesão as células epiteliais humanas de bactérias patogênicas Gram- positivas e Gram- negativas. Materiais e Métodos: Para determinar a influência do kefir na proliferação bacteriana, 40 ul de culturas de Staphylococcus aureus, Micrococcus luteus, Pseudomonas aeroginosa e Escherichia coli previamente crescidas em meio TSB a 37º C por 18 horas foram adicionadas em triplicata a 3 ml de meio TSB diluído  1:2 com kefir e incubados a 37 ºC por  18 horas. Como controle, as amostras bacterianas foram crescidas em 3 ml de meio TSB. Após incubação, a densidade óptica a 600nm e o número de UFCs foram determinadas. A influência do kefir na liberação de α-hemolisina foi determinada por visualização de hemólise de eritrócitos em placas de agar sangue. A inibição da adesão de E. coli O6:H1 (UPEC)  em células HEp-2 foi determinada de acordo com o método de  Scaletsky et al (1984).  Resultados: Os resultados obtidos neste trabalho mostram que kefir é capaz de inibir a proliferação de Staphylococcus aureus, Micrococcus luteus, Pseudomonas aeroginosa e Escherichia coli e inibir a adesão de E.coli O6:H1 a células epiteliais humanas, em contrapartida não foi capaz de inibir a liberação de α-hemolisina por E. coli O6:H1. Discussão: Os resultados indicam que kefir pode ser utilizado como um agente antimicrobiano em casos onde o uso de antibióticos não são indicados para o tratamento. Palavras chaves: Kefir, Escherichia coli 06: H1 (UPEC), Staphylococcus aureus, Micrococcus luteus, Pseudomonas aeroginosa e Escherichia coli.