25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1438-1


Área: Microbiologia Veterinária ( Divisão G )

POLIMORFISMOS DOS GENES SPAA E COA DOS COMO FERRAMENTAS PARA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADOS DE MASTITE BOVINA.

Shana de Mattos de Oliveira Coelho (UFRRJ); Ingrid Annes Pereira (UFRRJ); Lidiane de Castro Soares (UFRRJ); Viviane Figueira Marques (UFRRJ); Miliane Moreira Soares de Souza (UFRRJ)

Resumo

A elevada variabilidade fenotípica das espécies de Staphylococcus dificulta a adoção de sistemas convencionais para sua caracterização e para que se possa estabelecer uma relação clonal entre elas é necessário tipificá-las. Uma proposta de tipificação é a detecção de polimorfismos do gene spaA, que codifica a proteína A, e do gene coa que está relacionado à produção de coagulase. O gene spaA possui uma região polimórfica X que consiste em um número variável de repetidos 24 pb e o gene coa  uma região variável constituída de seqüências repetidas 81 pb. O presente estudo visou tipificar os S. aureus através da análise de polimorfismo dos genes citados acima como um estudo preliminar da análise de proximidade clonal dos isolados provenientes de quadros de mastite subclínica e clínica em diferentes propriedades leiteiras. Foram testados 50 Staphylococcus aureus, previamente identificados, por características fenotípicas e pela análise do DNAr. O DNA bacteriano foi extraído utilizando-se lisostafina e a amplificação da região X do gene spaA e do gene coa foi realizada através da técnica de Amplificação em Cadeia de Polimerase (PCR) com os iniciadores descritos pela literatura. Foram detectados 5 perfis do gene spaA que foram estabelecidos segundo o número de repetições das seqüências da região X. Todos os isolados apresentaram valores igual ou superior a 9  repetições (220pb), sendo o perfil predominante o de 13 repetições (64%). Acredita-se que cepas com mais de 11 repetições tendem a ser mais epidêmicas devido ao fato de que quanto maior o número de repetições, maior a longitude da região de união à porção Fc das imunoglobulinas, favorecendo a colonização e conseqüente infecção. Os isolados apresentaram 3 perfis distintos de gene coa (520,800 e 900pb) sendo o perfil predominante o de 6 repetições (86%). A literatura informa que o relógio molecular deste gene sofre evoluções lentas e por isso apresenta pequenas variações entre cepas relacionadas. Os resultados indicam que há possibilidade da utilização de polimorfismos destes genes para o estabelecimento de perfis clonais de S. aureus causadores de mastite, pois houve uma significativa variedade encontrada entre os isolados que pode ser utilizada em conjunto para o estabelecimento do conhecimento epidemiológico das espécies.


Palavras-chave:  Staphylococcus aureus, mastite bovina, genes spaA e coa