25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1421-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

POTENCIAL ANTIMICROBIANO DO EXTRATO DA CASCA DE BRAÚNA (SCHINOPSIS BRASILIENSIS ENGLER): UM ESTUDO BASEADO NA INDICAÇÃO ETNOFARMACOLÓGICA.

Karlete Vania Mendes Vieira (UEPB); Jean Francois dos Santos Pereira (UEPB); Ravely Lucena Santos (UEPB); Delcio de Castro Felismino (UEPB); Ivan Coelho Dantas (UEPB)

Resumo

Introdução: Nos últimos anos tem havido grande índice de micro-organismos resistentes à terapia convencional, tornando-se importante a pesquisa de novas substâncias úteis para combater infecções. Neste sentido, o uso de plantas medicinais sob formas de extratos e fitofármacos ganhou importância na terapêutica. As casas de Schinopsis brasiliensis (braúna), têm sido usadas na medicina popular como adstrigentes, antigingivíticas, antiséptico e antimicrobiano. Com base no exposto, o estudo teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana do extrato hidroalcoólico da casca de S. brasiliensis e determinar sua Concentração Inibitória Mínima (CIM) sobre Staphylococcus aureus, Candida albicans, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e Streptococcus pyogenes. Metodologia: O extrato da casca de braúna foi obtido pelo método de percolação com álcool etílico a 70%, posteriormente as referidas cepas foram testadas através do método de difusão em placa contendo meio sólido específico para crescimento de cada micro-organismo, os quais foram inoculados através da técnica de espalhamento em superfície. O extrato concentrado e suas respectivas diluições seriadas foram testados pelo método cavidade-placa. As placas foram incubadas a 37ºC, por um período de 24 – 72 horas. Os resultados foram positivos quando houve presença de halos transparentes iguais ou superiores a 10mm de diâmetro ao redor dos poços. Os testes foram realizados em Triplicata. Resultados: O extrato da casca de braúna apresentou atividade antimicrobiana sobre as seguintes cepas com as respectivas diluições do extrato e valores da média dos halos: S. aureus: concentrado=22; 1:2=20; 1:4=18; 1:8=16; 1:16=12(CIM), P. aeruginosa: concentrado=18; 1:2=14; 1:4=14; 1:8=12(CIM); 1:16=8, E. coli: concentrado=16; 1:2=14; 1:4=12(CIM); 1:8=0; 1:16=0, C. albicans: concentrado=22; 1:2=20; 1:4=18; 1:8=15; 1:16=14(CIM), S. pyogenes foi resistente a todas diluições testadas. Conclusão: Os resultados reforçam cientificamente a indicação popular do extrato da casca de braúna (Schinopsis brasiliensis) para uso com ação antimicrobiana.


Palavras-chave:  Atividade antimicrobiana, Concentração inibitória mínima, Extrato Etanólico, Medicina popular, Schinopsis brasiliensis