25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1416-1


Área: Genética e Biologia Molecular ( Divisão N )

FOSFOLIPASES COMO FATOR DE VIRULÊNCIA FRENTE À RESPOSTA IMUNE EM CAMUNDONGOS

Deyze Alencar Soares (UFG); Rosângela Vieira Andrade (UCB); Maria Sueli Soares Felipe (UNB); Silvana Petrofeza da Silva (UFG)

Resumo

O modelo murino é uma excelente ferramenta para  estudar os fatores de virulência relacionados à produção de enzimas por Paracoccidioides brasiliensis,frente a resposta imune do hospedeiro.A análise dos níveis de transcritos do genes que codificam para fosfolipases e genes da resposta imune foi realizada por RT-PCR em tempo real pelo método de comparação do CT (Crossing Treshold).Os genes constitutivos que codificam para alfa-tubulina de P.brasiliensis e o de macrófago ribossomal Rps9 foram utilizados para normalização.Camundongos isogênico da linhagem B10 foram infectados, via intratraqueal,com leveduras de PB18 e nos períodos de 6,24,48 horas e após 56 dias foram mortos,tendo seus pulmões processados para a extração de RNA.Na análise dos números de transcritos dos genes que codificam para fosfolipases B1,C e D,importantes no processo de invasão pelo fungo,foi observado que a PLB1 apresentou um maior acúmulo de mRNA no tempo de 6 horas de 110 vezes em relação ao controle e às outras fosfolipases in vivo.Em uma escala menor de números de transcritos,a PLC e PLD,apresentaram aproximadamente 1 a 0,2 vezes,respectivamente.Nesse trabalho, a PLB1, potentente fator de virulência, se apresenta com níveis de transcritos mais elevados em todos os tempos de infecção em relação ao controle e às outras fosfolipases analisadas.Genes responsáveis pelo mecanismo de defesa no camundongo como Receprtores Toll-Like(trl 2),NFKappaB(nfkb),Fator de repressão de NFKappaB(nkrf) e Fator de necrose tumoral alfa (tnf alfa) foram analisados.O perfil da expressão da citocina TNF alfa foi maior no tempo de 24 horas quando comparado aos outros genes e em outros tempos e,principalmente ao controle.O gene que codifica para TNF alfa apresentou 1,2 vezes mais expressa em relação ao controle.A expressão de NFKB, que leva à transcrição de genes da resposta imune, foi maior nos tempos de 6,24 e 48 horas em 0,2, 0,3 e 0,1,respectivamente, diminuindo sua expressão após 56 dias de infecção em relação ao controle.A TRL 2 foi aumentada em todos os tempos de infecção quando comparada ao controle.O entendimento das fosfolipases de P.brasiliensis e a resposta imune podem apresentar elementos vitais na interação fungo/hospedeiro, de como esses patógenos se adaptam ao ambiente intracelular e levar ao desenvolvimento de novas drogas.


Palavras-chave:  FOSFOLIPASES, Paracoccidioides brasiliensis, RESPOSTA IMUNE