25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1395-1


Área: Virologia ( Divisão P )

IMUNIZAÇÃO DE CAMUNDONGOS SWISS COM O VETOR VIRAL VACCINIA ANKARA MODIFICADO EXPRESSANDO A PROTEÍNA E DO VÍRUS DA DENGUE SOROTIPO 1 

Bárbara Resende Quinan (UFMG); Vinícius Cotta dos Santos (UFMG); Danielle Soares de Oliveira Daian (UFMG); Fabiana Magalhães Coelho (UFMG); Tânia Mara Gomes de Pinho (UFMG); Jaquelline Germano de Oliveira (CPqRR - FIOCRUZ); Flávio Guimarães da Fonseca (UFMG)

Resumo

A Dengue é, atualmente, a mais importante doença humana causada por um arbovírus. É estimado que 50 a 100 milhões de infecções pelo vírus da Dengue (DENV) ocorram por ano em todo o mundo, sendo que dessas, 500.000 resultam nas formas graves da doença, a febre hemorrágica da Dengue e a síndrome do choque da Dengue (FHD/SCD). O DENV possui quatro sorotipos (DENV 1-4), os quais são transmitidos por mosquitos do gênero Aedes. Apesar dos altos números de casos por ano e de, aproximadamente, a metade da população do mundo estar sob risco de infecção, a única medida preventiva é o controle do vetor. Não existem drogas antivirais para o tratamento da doença e, muito menos, vacinas como prevenção. Esses dados demonstram a eminente necessidade do desenvolvimento de vacinas seguras e eficientes contra o DENV. Dentre as técnicas utilizadas para o desenvolvimento de vacinas, a utilização de vetores virais recombinantes tem se mostrado como uma ferramenta atraente e poderosa, sendo o vírus Vaccinia Ankara Modificado (MVA) um dos vetores virais mais promissores. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi construir vetores vacinais recombinantes, baseados no vírus MVA, expressando a proteína E do DENV sorotipo 1 (DENV-1). Para atingir este objetivo, foram construídos plasmídios de transferência contendo o gene codificador para a proteína E do DENV-1 flanqueado por seqüências de DNA homólogas às seqüências do genoma do vírus MVA. Células de fibroblasto de embrião de galinha foram, então, infectadas e tranfectadas com o vírus MVA selvagem e os plasmídios de transferência, respectivamente. Nessas circunstâncias, a recombinação homóloga ocorre naturalmente, permitindo a seleção dos vírus recombinantes por sucessivos ensaios de purificação de placa. Os vírus recombinantes gerados foram multiplicados, purificados e utilizados para imunizar camundongos Swiss, com o intuito de avaliar a eficiência em induzir resposta imune. Análises preliminares de ensaios de ELISPOT indicam a presença de resposta celular específica para a proteína E em animais imunizados com a vacina monovalente. Ensaios de ELISA e PRNT, para avaliação da resposta humoral, foram realizados. Uma vez finalizados os testes da vacina monovalente, esta poderá ser utilizada para a geração de vacinas tetravalentes contra o DENV através da combinação de diferentes MVAs recombinantes.
Apoio Financeiro: FIOCRUZ-PDTIS, CAPES, CNPq e FAPEMIG.


Palavras-chave:  Dengue, MVA, Proteína E, Vacina