25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1382-2


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

INFECÇÕES NOSOCOMIAIS POR PSEUDOMONAS AERUGINOSA PRODUTORAS DE BETA-LACTAMASE DO TIPO AMPC NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO AGRESTE- ALAGOAS.

Daniel Gomes Coimbra (UFAL); Elizabeth Maria Bispo Beltrão (UFAL); Mayara Deyse Freire Barbosa (UFAL); Jorge Belém Oliveira Júnior (UFAL); Alda Graciele Cláudio dos Santos Almeida (UFAL); Beatriz Jatobá Pimentel (UFAL); Luciana Sarmento Moreira (FITS); Eurípedes Alves da Silva Filho (UFAL); Tiago Gomes de Andrade (UFAL)

Resumo

As infecções hospitalares são as mais freqüentes e importantes complicações ocorridas em pacientes hospitalizados em todo o mundo. A bactéria Pseudomonas aeruginosa exibe elevada capacidade em desenvolver resistência aos antimicrobianos. Devido a esta característica, sua ocorrência no ambiente hospitalar tem aumentado, tornando-se um dos principais agentes causadores de infecção. Quando produtoras da enzima beta-lactamase do tipo AmpC, são altamente eficazes em inativar antibióticos beta-lactâmicos, inclusive os utilizados largamente na terapêutica hospitalar. Objetivo: Determinar a prevalência de Pseudomonas aeruginosa produtoras de beta-lactamase tipo AmpC em pacientes internos da Unidade de Emergência do Agreste-AL, no período de março de 2008 a junho 2009. Materiais e Métodos: Foram analisados os isolados de Pseudomonas aeruginosa a partir de amostras clínicas obtidas de pacientes internos da UTI-geral e enfermarias. Para a detecção da resistência induzível devido à produção de beta-lactamase do tipo Amp-C, foi empregada a técnica de disco difusão (Kirby-Bauer), com aproximação dos discos de Cefoxitina, Ceftazidima e Imipenem. Resultados: Nos 27 isolados de P.aeruginosa, 62,9% apresentaram positividade para a produção da enzima. Dos positivos, 29,4% foram provenientes da UTI-geral e 70,6% das enfermarias. Os sítios infecciosos que apresentaram a bactéria e a produção enzimática foram: secreções purulentas de feridas 47%, secreções purulentas de escaras 29%, aspirado traqueal 18% e urina por sonda vesical de demora 6%. Conclusão: A caracterização dos mecanismos de resistência aos antimicrobianos, em infecções hospitalares, permite o estabelecimento de protocolos adequados para terapia empírica e específica aos pacientes, evitando assim, a disseminação do microrganismo e aquisição de novas resistências.


Palavras-chave:  Beta-lactamase AmpC, Infecção Hospitalar, Pseudomonas aeruginosa