25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1378-1


Área: Ecologia Microbiana ( Divisão I )

VARIÁVEIS SAZONAIS NA COLONIZAÇÃO RADICULAR POR FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES ASSOCIADOS A POPULAÇÕES DE BURITI (MAURITIA FLEXUOSA L.F.) EM VEREDAS NA APA PANDEIROS, MG.

Pollyana Santos Queiroz1 Lívia Botelho;vinícius Magalhães;henrique Valério (Unimontes)

Resumo

Todas as espécies perenes de pálmaceas estudadas até o presente o momento, excetuando-se Mauritia flexuosa, têm demonstrado, com base em avaliaçãode taxas de colonização e densidade de esporos, em estações secas e úmidas, que a intensidade do extrativismo pode afetar a capacidade de reposição de biomassa na planta em decorrência das variações sazonais nas populações de FMAs. Este trabalho objetivou-se avaliar se há de fato uma regularidade no padrão de colonização das raízes de Buriti por fungos micorrízicos arbusculares (FMA) nas estações secas e úmidas, a partir de amostras de solo coletadas em duas populações isoladas desse vegetal e constatar se há influência no padrão de colonização das raízes em diferentes profundidades dos solos amostrados. A partir do clareamento, acidificação e coloração das raízes dos 20 indivíduos das duas populações isoladas do Buriti foi possível observar em microscópio óptico a presença ou não de estruturas fúngicas. A taxa de colonização dos indivíduos amostrados em cada uma das áreas alcançou valores superiores a 80%, muito característicos dos FMA. Observou-se que houve considerável variação nas duas estações seca e úmida. O que se verificou foi que durante a estação chuvosa, os solos onde os indivíduos foram amostrados permanecem inundados e, portanto, as raízes das plantas ficam submersas durante um longo período de tempo. Esta circunstância pode influenciar a sobrevivência das espécies de micorrizas associadas, principalmente em maiores profundidades em que o oxigênio dissolvido disponível para as raízes a partir da água torna-se escasso, naturalmente prejudicando a viabilidade desses fungos em manter-se no interior dos tecidos das raízes, e reduzindo desta maneira, a quantidade de tecido radicular colonizado por esses fungos, que usualmente requerem quantidades maiores de oxigênio para o seu metabolismo respiratório aeróbio. Já na estação seca, como a disponibilidade de água é pequena, houve intensa colonização das raízes em maiores profundidades, quando comparadas àquelas situadas a 10 cm de profundidade. As taxas de colonização por FMAs em cada estação variaram de acordo com a disponibilidade hídrica e a profundidade. Ficou evidente a influência tanto da sazonalidade (déficit hídrico) quanto da profundidade para a colonização dos FMAs em raízes de Buriti.

Os autores agradecem a FAPEMIG e a CNPq pelo apoio.

palavras chaves: Buriti, Colonização e Fungos Micorrízicos

 

 


Palavras-chave:  Buriti, Colonização, Micorrízas arbusculares