AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIBACTERIANO E ANTIOXIDANTE DE EXTRATO DE MAYTENUS ILICIFOLIA (CELASTRACEAE)

Leonardo Gorla Nogueira (UNESP); Danilo Fuin Dignani (UNESP); Marcelo Gonzaga de Freitas Araújo (UNESP); Vânia Ortega Gutierres (UNESP); Ricardo Hakime-silva (UNESP); Iguatemy Lourenço Brunetti (UNESP); Maysa Furlan (UNESP); Taís Maria Bauab (UNESP)

O gênero Maytenus (Celastraceae), atualmente compreende cerca de 80 espécies distribuídas por todo território brasileiro. Popularmente a espécie, Maytenus ilicifolia é conhecida pelos nomes de espinheira santa, espinheira-diva, salva-vidas, sombra de touro, cancerosa e coromilho do campo, com atividade à hiperacidez e ulcerações do estômago. Com o objetivo de caracterizar o potencial biológico desta planta, foi estudada a atividade antibacteriana e antioxidante do extrato diclorometano (DCM), e duas substâncias puras (maitenina e catequina) isoladas das raízes de M.ilicifolia, obtidas por maceração a frio. Foi utilizada a técnica de diluição em microplacas frente às bactérias Staphylococcus aureus ATCC 25923 Enterococcus faecalis ATCC 29212, Bacillus subtilis ATCC 19659, Escherichia coli ATCC 25922 e Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Aos orifícios da microplaca foram adicionados 80mL de caldo Muller-Hinton, 100mL da solução do extrato diluído de 1000 à 7,81 µg/mL e 20µL da cultura bacteriana à concentração de 10⁷ células/mL. Como controles, foram utilizados solução de Ciprofloxacino (+) à concentração de 35 µg/mL, e mistura de metanol com 20% de Tween 80 (-). As microplacas foram incubadas a 37˚C durante 24 horas em aerobiose. Após incubação foi determinado absorbância em leitor de microplaca a 595nm. O valor da concentração inibitória mínima (CIM) para o extrato e as substâncias testadas foi expresso como a menor concentração capaz de inibir crescimento bacteriano. Para a atividade antioxidante foram realizados ensaios espectrofotométricos: do 2,2'-Azinobis-3-etilbenzotiazolina-6-acido sulfônico (ABTS^.+); do OCl^- e da taurinacloramina (via oxidação do 3,3’,5,5’, tetrametilbenzidina), utilizando como padrões quercetina e cisteína. Observamos uma forte atividade da maitenina com CIM = 0,12 µg/mL para as bactérias Gram- positivas, já a catequina não apresentou atividades contra as bactérias testadas. Quanto a atividade antioxidante o extrato DCM e a maitenina não foram tão eficazes quanto a atividade da catequina que apresentou IC₅₀ para ABTS^.+ (2,76 µg/mL); OCl^- (14,65 µg/mL) e taurinacloramina (23,20 µg/mL). Estes resultados sugerem que M.ilicifolia apresenta constituintes bioativos, sendo relevante a continuidade destes ensaios.