PREVALÊNCIA MICROBIANA EM CULTURAS DIVERSAS DE AMOSTRAS CLÍNICAS OBTIDAS DE PACIENTES INTERNOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DE RIO BRANCO, ACRE.

Rosemeiry Moreira Pontes (LACEN-ACRE); Luis Edgardo Riveros Aguilar (LACEN-ACRE); Fabiane Brasil de Mendonça (FSL); Grace Indira de Souza Barros (FSL); Fabio Luiz Storer (FSL); Flávio Buratti Gonçalves (FSL)

Introdução: As doenças infecciosas estão entre as mais prevalentes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), onde existem fatores propícios ao surgimento de infecções, estando estas associadas com o tempo de internação, alto custo e maiores taxas de morbi-mortalidade. Objetivos: Verificar a prevalência e o perfil de susceptibilidade dos isolados bacterianos de pacientes internos na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco - Acre. Metodologia: Foi realizado um estudo retrospectivo, descritivo a partir de dados obtidos do Setor de Microbiologia Clínica do Laboratório Central do Estado do Acre (LACEN). Resultados: No período de janeiro a dezembro de 2008, foram processadas 213 amostras, sendo 132 de aspirado traqueal, 34 de ponta de cateter, 28 de secreções diversas, e 19 de líquido pleural. 68/132 (51.5%) das amostras de aspirado traqueal foram positivas para bactérias potencialmente patogênicas, dentre as quais destacou-se com maior prevalência a  Acinetobacter sp com 17.6 %. Das 14/34 amostras de  cateter positivas (41.2%), 36,3% foram para Staphylococcus coagulase negativo e 21.1% para Pseudomona aeruginosa, das 28 amostras de secreções, 16 (57.2%) foram positivas, destacando a Escherichia coli e a Citrobacter sp, ambas com 18.7%, não houveram amostras positivas nas culturas de líquido pleural processadas. Em relação ao perfil de susceptibilidade, 83.3% dos isolados de Acinetobacter sp, provenientes de  aspirado traqueal apresentaram resistência a ceftazidima, em amostras de cateter o Staphylococcus coagulase negativo mostrou-se sensivel a tetraciclina e vancomicina e resistente a oxacilina, penicilina, cefalotina e eritromicina. Escherichia coli e Citrobacter sp isoladas de amostras de secreções diversas apresentaram resistência total a ampicilina e ampicilina/sulbactam. Discussão e Conclusão: Os resultados revelam uma elevada taxa de infecção  na UTI, onde 32% das amostras analisadas foram positivas para organismos potencialmente patogênicos e com perfis diversos de susceptibilidade em função do material analisado, o que denota a importância de estabelecer medidas de contenção e de controle, coordenados entre o corpo clinico a CCIH e o laboratório de Microbiologia afim de minimizar os casos e adequar as condutas terapêuticas.