COLONIZAÇÃO DO AMBIENTE HOSPITALAR POR CANDIDA SP E PERFIL DE SENSIBILIDADE A ANTIFÚNGICOS DE USO CONVENCIONAL EM ESQUEMAS TERAPÊUTICOS

Catarina Savastano (UNIFAL-MG); Elisa de Oliveira (UNIFAL-MG); Lindyanne Lemos Gonçalves (UNIFAL-MG); Fernanda de Lima Moreira (UNIFAL-MG); Marcelle Viçoso dos Santos (UNIFAL-MG); Mayra Maciel Mendes Pereira (UNIFAL-MG); Rita de Cássia Elaine Pecci (UNIFAL-MG); Carolina Pisani (UNIFAL-MG); Gabriela Rabelo (UNIFAL-MG); Amanda Latercia Tranches Dias (UNIFAL-MG); Sarah Barbosa (UNIFAL-MG)

As infecções hospitalares (IH) têm gerado grande impacto em Saúde Pública.  Os fungos têm emergido como potenciais causadores de IHs e dentre estes, destacam-se as infecções fúngicas causadas por leveduras Candida sp e associadas a altos níveis de morbidade e mortalidade. O ambiente hospitalar e os profissionais direta ou indiretamente envolvidos com os pacientes podem ser potenciais fontes de microrganismos. O intuito foi avaliar a presença de Candida sp no ambiente e equipe de saúde hospitalares e avaliar o perfil de sensibilidade a antifúngicos de uso convencional na terapêutica. De um hospital de Alfenas, MG, foram coletadas amostras do mobiliário, jalecos e mãos de profissionais em contato direto ou indireto com os pacientes. As culturas positivas para leveduras foram analisadas microscopicamente, processadas em meio cromogênico para a identificação das espécies e analisadas quanto ao perfil de resposta antifúngica. O perfil de sensibilidade aos antifúngicos fluconazol (FZ) e anfotericina B (AMB) foi analisado por difusão em Agar. Do total de amostras coletadas, 101 amostras foram positivas para leveduras: 63,4% setor Emergência; 11,9% Internação e 8,9% Pediatria. De 37 amostras coletadas das mãos, 27,0% foram positivas; de 32 amostras oriundas dos jalecos, 18,7% positivas. Foram identificadas 60 amostras pertencentes ao gênero Candida, sendo 40,0% C. glabrata; 21,7% C. parapsilosis; 21,7% C. tropicalis; 10,0% C. albicans e 6,7% C. krusei, indicando aumento de espécies emergentes não-albicans. Em relação à sensibilidade antifúngica, 83,3% de C. albicans apresentaram-se sensíveis aos dois antifúngicos; 71,4% de C. tropicalis apresentaram-se sensíveis aos 2 antifúngicos, 14,3% resistentes ao FZ; 50% de C. glabrata foram sensíveis aos 2 antifúngicos, 42,8% com resistência ao FZ; 100% das amostras de C. krusei apresentaram-se sensíveis à AMB e resistentes ao FZ, enquanto que 83,3% de C. parapsilosis apresentaram-se sensíveis aos 2 antifúngicos. Foi possível constatar espécies emergentes de leveduras causadoras de IHs, disseminadas por todo ambiente e resistentes aos antifúngicos de escolha, evidenciando a necessidade de pesquisas adicionais e programas de aprimoramento no controle de IHs em todo país.