25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1341-2


Área: Genética e Biologia Molecular ( Divisão N )

PROSPECÇÃO DE PEPTÍDEOS ANTIMICROBIANOS EXTRAÍDOS DE FLOR PARA CONTROLE DE BACTÉRIAS CAUSADORAS DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Thais Bergamin Lima (UCB); Elizabete de Souza Cândido (UCB); Osmar Nascimento Silva (UCB); Diego Garcês Gomes (UCB); Pedro Henrique Miranda Burgel (UCB); Mirna de Souza Freire (UCB); Loiane Alves de Lima (UCB); Carlos Roberto de Souza Filho (UCB); Simoni Campos Dias (UCB); Octávio Luiz Franco (UCB)

Resumo

Infecção hospitalar é um problema de saúde pública que acomete 3-15% dos pacientes internados que por sua vez, têm o seu estado agravado pelos múltiplos casos de resistência dos patógenos às terapias usuais. Dentre as estratégias para a obtenção de novos princípios ativos, têm se empregado a busca de peptídeos antimicrobianos ou AMPs, devido sua comprovada atividade antimicrobiana e antifúngica. Deste modo, o objetivo do presente trabalho foi identificar e avaliar peptídeos antimicrobianos presentes em flores de Impatiens walleriana (Maria sem vergonha), Tecoma stans (ipê amarelo), Grevillea banksii (Grevilea), Delonix regia (Flamboyant), Hymenaea stinocarpa (Jatobá do cerrado). Após a pesagem, as flores foram trituras com uma solução de 0,6 M NaCl e 0,1% HCl. Em seguida, precipitadas com (NH4)2SO4 (100%) e diálises contra a água (cut off 3,5 kDa) constituindo, assim, a fração rica em proteínas (FRP). Posteriormente, esta fração foi avaliada contra E. coli, Klebsiela sp., Proteus sp., Salmonela sp. e S. aureus demonstrando a atividade de G. banksii contra Proteus (20%), T. stans inibindo S. aureus (30%), D. regia contra Klebsiella (38%) e C. roseus com uma amplitude maior de atividade com índices que variaram de 15 a 43% sobre as bactérias: S. aureus (30%), Klebsiella (15%), E. coli (43,4%) e Proteus (15%). Com a confirmação da atividade da FRP de C. roseus contra diferentes patógenos, as amostras foram submetidas à separação cromatográfica em Fenil-sepharose. A fração retida desta cromatografia mostrou valores de atividade antimicrobiana similar à apresentada pela FRP. Com relação às amostras de jatobá, não foi observada atividade antimicrobiana contra os patógenos avaliados. Através destes resultados pôde-se averiguar a potencialidade antimicrobiana da fração rica em proteínas das flores estudadas indicando que estas poderão ser utilizadas no desenvolvimento de novos antibióticos.


Palavras-chave:  peptídeos antimicrobianos de flor, infecção hospitalar, bactérias patogênicas humanas