OCORRÊNCIA DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES (FMA)  NA RIZOSFERA DE ARACHIS PINTOI, CLITORIA TERNATEA E GLICIDIA SEPIUM SOB CONDIÇÕES SEMIÁRIDAS

Jorge Messias Leal do Nascimento (UNIVASF); Eliene Matos E Silva (UFPE); Bruno Tomio Goto (UFPE); Natoniel Franklin de Melo (CPATSA); Adriana Mayumi Yano-melo (UNIVASF)

As pastagens do semiárido nordestino constituem um dos principais suportes forrageiros para o rebanho da região. Os FMA podem formar simbiose com diversas plantas forrageiras, beneficiando a sua nutrição, crescimento, aumentando a absorção de água e nutrientes, proporcionando tolerância ao estresse hídrico. Os objetivos desse trabalho foram avaliar a condição micorrízica e identificar espécies de FMA presentes na rizosfera das plantas forrageiras: Arachis pintoi, Clitoria ternatea e Gliricidia sepium em condições semiáridas. Foram coletadas seis amostras compostas na rizosfera de cada espécie vegetal em dois períodos (seco e chuvoso). Parte das amostras de solo foi encaminhada para caracterização química do solo e outra parte para caracterização da condição micorrízica (número de glomerosporos, colonização micorrízica, potencial de infectividade do solo e identificação de FMA). Foram identificados 12 táxons de FMA distribuídos nos gêneros Acaulospora, Ambispora, Gigaspora, Glomus, Pacispora e Scutellospora, predominando as espécies de Glomus, na rizosfera das plantas estudadas. Maior diversidade de espécies de FMA foi observada na rizosfera de Arachis pintoi (8), bem como maior número de glomerosporos (82,25 glomerosporos/50g de solo). Por outro lado, o percentual de colonização micorrizica foi maior em plantas de Clitoria ternatea (57,91 %). A colonização radicular e o número de glomerosporos foi maior no período chuvoso, respectivamente (57,94 %) e (86,16 glomerosporos/ 50 g de solo), em relação ao seco. O número de propágulos infectivos (NPI) de FMA no solo foi maior no período chuvoso do que no seco, sendo o maior NPI observado na rizosfera de Arachis pintoi, em ambos os períodos. Conclui-se que Arachis pintoi forma associação com FMA e pode ser utilizada como planta hospedeira para a multiplicação desses fungos, sugerindo ainda, potencial para serem beneficiadas pela inoculação.