25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1321-2


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

ESTUDO DO PERFIL DE SENSIBILIDADE/RESISTÊNCIA DE CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS MRSA MULTIRRESISTENTES NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS/PE

Ivy Caroline Barbosa (UFPE); Antonio Marcos Saraiva (UFPE); Maria Amélia Pereira Brito (UFPE); Sandoval Vieira Melo (UFPE); Risonildo Pereira Cordeiro (UFPE); Daniel de Mélo Carvalho (UFPE); Danilo Cândido de Araujo Batista (UFPE); Maria Nelly Caetano Pisciottano (UFPE)

Resumo

O surgimento de cepas Staphylococcus aureus resistentes a meticilina (MRSA) multirresistentes a partir da década de 70 teve um rápido incremento em todo mundo. Estas cepas multirresistentes são responsáveis por infecções nosocomiais e comunitárias de difícil tratamento. A resistência a meticilina é produzida pela modificação de uma proteína ligante de penicilinas (PBP), a PBP2a codificada pelo gene mecA. Cerca de 40 a 60% das cepas de S. aureus isolados em hospitais de grande porte apresentam-se resistentes a meticilina e ainda, relatos na literatura permitem constatar que tais infecções estão associadas a clones específicos epidêmicos de Staphylococcus aureus multirresistentes, muitas vezes unicamente sensíveis ao glicopeptídeo vancomicina. No Brasil a partir de 1992 tem sido detectado um clone epidêmico designado como Clone Epidêmico Brasileiro (CEB), amplamente disseminado em hospitais de diferentes regiões do Brasil e outros países da América Latina e Europa. De outra parte a heterogenicidade de resistência que apresentam muitos desses clones, levando até mesmo a falhas no tratamento, justifica a preocupação de evidenciar sua presença. No Recife, estudos sistemáticos dessa resistência do Staphylococcus aureus não vinham ainda sendo realizados. No presente trabalho, foram coletados 40 isolados clínicos únicos de Staphylococcus aureus, de diferentes sítios de infecção, no período de Novembro de 2007 a julho de 2008 do Hospital Universitário de Recife-PE (Hospital das Clinicas). As cepas devidamente identificadas foram estudadas mediante um antibiograma padrão de oito antibióticos, a saber: ciprofloxacina, vancomicina, oxacilina, gentamicina, penicilina, sulfametropim, tetraciclina e eritromicina que ofereceram bases para definir os principais fenótipos de resistência. Nos resultados obtidos verificou-se uma elevada percentagem (77,5%) de cepas de S. aureus MRSA multirresistentes, sensíveis só a vancomicina, enquanto que as cepas de S. aureus MSSA foram todas resistentes à penicilina ou penicilinas mais um antibiótico. A resistência à meticilina foi confirmada pela técnica Agar “screening” de oxacilina, realizando-se paralelamente a determinação das CMI para oxacilina mediante a técnica de Multiinoculador de Stears.


Palavras-chave:  Staphylococcus aureus, MRSA Multirresistentes, Fenotipo de Resistência, Clones Epidêmicos