25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1315-1


Área: Microbiologia Geral ( Divisão H )

INFECÇÕES EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM UM HOSPITAL DO NORTE DO PARANÁ

Luciana Borges Giarola (UEM); João Bedendo (UEM); Sueli Donizete Borelli (UEM); Maria Cristina Bronharo Tognim (UEM); Rafael Renato Brondani Moreira (UEM)

Resumo

Introdução: Pacientes com Insuficiência Renal Crônica, submetidos a tratamento dialítico, e transplantados renais são suscetíveis a processos infecciosos por diversas razões, entre os quais a imunossupressão. Diferentes espécies bacterianas estão envolvidas nestes processos infecciosos sendo necessário conhecer a epidemiologia destes agentes para a proposição de medidas de controle. Este estudo verificou o perfil das infecções em pacientes renais crônicos e transplantados renais atendidos em um hospital no norte do Paraná no período de 2007 e 2008. Materiais e métodos: estudo descritivo, exploratório, que envolveu uma população de 187 indivíduos sendo 59 transplantados renais e 128 em diálise. Os dados foram obtidos dos prontuários e do banco de dados dos resultados de exames do sistema automatizado MicroScan®. Resultados: Entre a população avaliada a freqüência de infecção foi de 20,32% (38/187) sendo 8,47% (5/59) entre os transplantados renais e 25,78% (33/128) entre aqueles em diálise. A freqüência de infecção entre os pacientes do sexo feminino em diálise foi de 26,66% (20/75) e para o sexo masculino foi de 33,96% (18/53). A diferença em percentuais é estatisticamente significante (Qui-quadrado: 15,71). S. aureus foi o agente etiológico mais prevalente 26,90% (14/52), seguindo da E. coli com 15,40% (8/52). Todos os S. aureus apresentaram sensibilidade à vancomicina, 100% foram resistentes à penicilina e 42,85% foram resistentes a oxacilina. Estes resultados são corroborados por outros estudos. A maioria dos S. aureus (42,8%) foi isolado a partir da hemocultura. Entre as 8 amostras de Escherichia coli  75% foram resistentes a Cefalotina e 37,5% a Sulfa/Trimetropim. Estudos têm mostrado a emergência de amostras de E. coli resistentes aos antimicrobianos. A maioria das amostras de E. coli (62,5%) foi isolada de material biológico procedente de casos de infecção urinária. Conclusão: Este estudo concluiu que pacientes submetidos a terapia dialítica e transplantados são susceptíveis à infecções, em especial ao S. aureus e E. coli, que se destacaram como os principais patógenos. Os profissionais da área da saúde devem se atentar para a multirresistência dos microorganismos aos antimicrobianos, e para a importância de se utilizar práticas adequadas durante a execução do cuidado.

 

 


Palavras-chave:  Diálise, Infecção, Transplante Renal