25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1290-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

PREVALÊNCIA E PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS DE MICRORGANISMOS ISOLADOS EM UROCULTURA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2007, NO HOSPITAL MUNICIPAL ALCINA CAMPOS TAITSON, IBIRITÉ, MG.

Fabiana Cristina da Costa (UFMG); Leila Saddi Ortega (UNIPAC); Patrícia Silva Cisalpino (UFMG)

Resumo

Este estudo foi realizado no setor de Microbiologia do Complexo Hospitalar Municipal Alcina Campos Taitson (HMACT), Ibirité/MG, para avaliação de parâmetros relativos à população mais acometida por infecções do trato urinário (ITU), ao longo do ano de 2007. Avaliaram-se a prevalência e o perfil de suscetibilidade a antimicrobianos de microrganismos isolados de culturas de urina de pacientes oriundos dos Serviços Ambulatorial, Pronto Atendimento e Maternidade Municipal, totalizando 5.863 amostras de urina. Das amostras de urina analisadas em 30% houve crescimento polimicrobiano; em 12% (726 casos), cresceram microrganismos potencialmente patogênicos e em 55%, não houve crescimento. Ainda, em 3% das amostras observou-se o crescimento de prováveis contaminantes. Pacientes do sexo feminino foram os mais acometidos por ITU (87,1% das amostras isoladas), especialmente na faixa etária de 13 a 59 anos. Nos 726 casos de urocultura positiva, os microrganismos mais prevalentes foram: Escherichia coli 63.5%; Streptococcus spp beta-hemolítico Grupo B 7.8%; Staphylococcus saprophyticus 5.6%; Klebsiella pneumoniae 4.2%; Enterococcus spp 3.4%; Morganella morganii 2.2%; Proteus mirabilis 1.6%; e Acinetobacter baumanii, Citrobacter freundi, Klebsiella oxytoca, Staphylococcus aureus e Streptococcus spp beta-hemolítico provável Grupo B entre 1.0 -1.1%. Altas taxas de resistência a ampicilina foram obtidas para E. coli 51.8% e P. mirabilis 33.3% e resistência intrínseca em C. freundii, Klebsiella spp e M. morganii. Com sulfametoxazol+trimetoprima foram obtidas taxas de resistência para C. freundii (50%), E. coli (41.4%), M. morganii (37.7%), P. mirabilis (33.3%) e K. oxytoca (25%). Para K. pneumoniae observou-se a mais alta taxa de sensibilidade intermediária para nitrofurantoína, 22.6%. Para E. coli, obtiveram-se as menores taxas de resistência a nitrofurantoína (0,2%, homens >60 anos); norfloxacina (0,2%, meninas 0 - 4 anos); sulfametoxazol-trimetoprima (0,2%, meninos 5 - 12 anos) e cefepima, ceftriaxona, cefotaxima, ciprofloxacino e gentamicina (0,2%, mulheres >60 anos). Considerando-se esse perfil de suscetibilidade do microrganismo mais prevalente, a maioria dos casos de ITU poderiam ser tratados com cefalexina e nitrofurantoína ou norfloxacino.


Palavras-chave:  INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO, ITU, UROCULTURA, SUSCEPTIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS