25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1280-2


Área: Microbiologia Geral e Meio Ambiente ( Divisão L )

AVALIAÇÃO DA DISPERSÃO DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS PARA A ATMOSFERA, POR MEIO DE LAGOA DE OXIDAÇÃO DO IFG- URUTAI-GO

Kerly Cristina Pereira (IFG); Luciana Vitorino (IFG); Karyna Cristilaine Pereira (IFG)

Resumo

Introdução

As lagoas de estabilização são sistemas naturais de tratamento de esgotos domésticos que vêm sendo empregadas em todas as regiões do país. Nesses sistemas o tratamento ocorre mediante fenômenos bioquímicos, biológicos e físico-químicos regulados por uma ampla diversidade de organismos, os quais são responsáveis pela reciclagem da matéria orgânica e dos nutrientes. A lagoa de estabilização do IFG-Urutaí é uma lagoa facultativa. Este trabalho teve como objetivo medir o nível de contaminação por S. aureus na atmosfera circundante da lagoa de estabilização localizada na área do IFG-Urutaí, no sentido de avaliar se esta contribui, ou não, para aumentar os níveis dessa bactéria na atmosfera local.

Materiais e método

O método utilizado nessa análise foi o de sedimentação em placa. Utilizou-se o meio de cultura Agar Baird-Parker, enriquecido com gema de ovo e acrescido de solução 1% de Telurito de potássio. As placas foram conduzidas assepticamente até a proximidade da lagoa. Estas foram dispostas circularmente no entorno da lagoa da seguinte forma: 10 placas posicionadas num raio de 50 cm; 10 placas posicionadas num raio de 1m; 10 placas posicionadas num raio de 05m; 10 placas posicionadas num raio de 10m. Essas placas foram abertas e assim permaneceram por 15 minutos. Posteriormente, foram fechadas e conduzidas para as instalações do Laboratório de Microbiologia do IFG-Urutaí.

Resultados e Discussão

Procedeu-se então, a contagem das colônias típicas de S. aureus. Relacionando as distâncias entre as placas e a lagoa e as médias encontradas de UFCs de S. aureus, obtivemos os seguintes resultados: 0,5m/73UFCs; 01m/71UFCs; 05m/36 UFCs; 10m/25 UFCs. Quando comparamos as médias de UFCs por placa com as distâncias nas quais as amostras foram colhidas, percebemos que essas médias caem conforme aumenta-se a distância da lagoa, com isso, caracterizamos a lagoa como verdadeira fonte de dispersão de S. aureus para a atmosfera. Contudo, não é possível assegurar ausência de contaminação apenas mantendo-se distância dessa fonte, pois as correntes de ar podem conduzir microorganismos a distâncias imprevisíveis. Sabe-se da dificuldade que os sistemas de lagoas de estabilização apresentam para atender aos limites de qualidade da água impostos pela Resolução Nº 357/2005 do CONAMA para os corpos receptores, embora esta se atenha apenas a Escherichia coli e corpos de água.


Palavras-chave:  Atmosfera, Lagoa de oxidação, Staphylococcus aureus