25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1218-2


Área: Microbiologia de Alimentos ( Divisão K )

DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO BIOSSURFACTANTE RAMNOLIPÍDEO

Laryssa Josymare Oliveira Santos (UFV); Daniele dos Santos Colombari (UFV); Emiliane Andrade Araújo (UFV); Patrícia Campos Bernardes (UFV); Nélio José de Andrade (UFV)

Resumo

Introdução Ramnolipídeos são biossurfactantes pertencentes à classe dos glicolipídeos produzidos por diversas estirpes de Pseudomonas aeruginosa que podem produzi-lo a partir de diferentes substratos. O ramnolipídeo possui concentração micelar crítica na faixa de 50-200 mg.L-1. A concentração mínima inibitória (CMI) é determinada por meio dos métodos de diluição em caldo ou ágar e permitem medir quantitativamente a atividade in vitro de um agente antimicrobiano contra um determinado isolado bacteriano. A CMI é a menor concentração que inibe o crescimento do microrganismo nos tubos, detectado por observação visual, por meio da verificação da turbidez. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito antimicrobiano do ramnolipídeo sobre células vegetativas de Bacillus cereus e Pseudomonas fluorescens. Material e Métodos A determinação da concentração mínima inibitória do ramnolipídeo foi realizada utilizando-se o método de macrodiluição em caldo Mueller-Hinton de acordo com a norma dos testes de sensibilidade a agentes antimicrobianos. Inóculos de Bacillus cereus isolado de indústria de laticínios e de Pseudomonas fluorescens (ATCC 13525) foram preparados, em solução salina esterilizada, e incubada a 35 °C, por 18-24 horas. A suspensão foi ajustada até sua turbidez coincidir com a da solução padrão de McFarland 0,5 (1 x 108 UFC.mL-1). Diluiu-se o inóculo ajustado de forma que após a inoculação cada tubo contivesse, aproximadamente, 5 x 105 UFC.mL-1. Após a inoculação, os tubos foram incubados a 35 °C durante 16 a 20 horas. O experimento foi conduzido com três repetições e em duplicata. Resultados e Discussão Observou-se que a CMI para a estirpe de B.cereus foi de 500 mg/L de ramnolipídeo e para a estirpe Pseudomonas fluorescens testada não houve inibição na maior concentração avaliada de 4000 mg/L do biossurfactante. Ramnolipídeo por ser produzido por P. aeruginosa não teve efeito antimicrobiano sobre a estirpe da mesma espécie P. fluorescens. Por outro lado, a inibição procedeu-se sobre a estirpe B.cereus que é Gram-positiva. Alguns estudos têm mostrado que o ramnolipídeo é de grande interesse, uma vez que pode auxiliar na redução do processo de adesão, podendo ser aplicado como um tratamento prévio de superfícies. Ele apresenta como vantagem, baixa toxicidade e a biodegradabilidade além de sua atividade antimicrobiana. Agradecimentos: CAPES, CNPQ e FAPEMIG Palavras-chave: Biossurfactante, ramnolipídeo, Bacillus cereus, Pseudomonas fluorescens


Palavras-chave:  biossurfactante, ramnolipídeo, Bacillus cereus, Pseudomonas fluorescens