25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1213-1


Área: Microbiologia Veterinária ( Divisão G )

CAMPYLOBACTER SPP NA CADEIA PRODUTIVA DE SUÍNOS

Monica Ribeiro Gabriel (FAMEV-UFU); Belchiolina Beatriz Fonseca (FAMEV-UFU); Diene Silveira Silva (FAMEV-UFU); Paulo Lourenço Silva (FAMEV-UFU); Roberta Torres Melo (FAMEV-UFU); Daise Aparecida Rossi (FAMEV-UFU)

Resumo

A epidemiologia das infecções por Campylobacter spp em suínos é complexa, apresentando múltiplos fatores determinantes na disseminação. Conhecer os índices de positividade e os fatores predisponentes para a presença deste microrganismo contribuirá para subsidiar a implementação de eficientes medidas corretivas no processo. O objetivo deste estudo foi avaliar a presença de Campylobacter spp na cadeia produtiva de suínos, desde a granja até o abate.  Amostras de suabes de fezes e carcaças foram coletadas de três lotes diferentes de suínos em terminação.  As coletas foram realizadas em três etapas: na granja, no frigorífico (pocilga de espera) e em três pontos durante o abate. Ao todo, foram coletadas 45 amostras de suabes de fezes na granja e 45 no frigorífico. As 135 amostras de suabes de carcaças coletadas durante o abate foram assim divididas: 45 após a escalda/depiladeira, 45 após evisceração (linfonodos) e 45 após serragem da carcaça. A prevalência para Campylobacter spp nas amostras de fezes nos suínos na granja foi de 73,3% (33/45) e 84,4% (38/45) no frigorífico. Não houve diferença estatística significativa na positividade dos suínos avaliados na granja e no frigorífico (P=0,45). No frigorífico, das 135 amostras de suabes de carcaças analisadas foi obtido 31,8% (43/135) de positividade para Campylobacter spp sendo: 44,4% (20/45) após escalda/depiladeira, 31% (14/45) após evisceração (linfonodos) e 20% (9/45) após serragem das carcaças. A positividade nas amostras coletadas em todas as etapas durante o abate foi significativamente reduzida (P<0,05) quando comparada aos índices observados nos animais vivos. Porém, todas as carcaças positivas em todos os pontos amostrados eram provenientes de animais positivos antes do abate. Os procedimentos utilizados durante o abate dos animais é capaz de reduzir a positividade das carcaças para Campylobacter spp (P<0,05), mas não é suficiente para garantir sua ausência nas carcaças. Os resultados obtidos neste estudo permitem concluir que a alta positividade para Campylobacter sp em suínos de terminação na granja conduz à propagação desse microrganismo nas carcaças durante as operações de abate.

Apoio Financeiro: FAPEMIG.


Palavras-chave:  Campylobacter spp, CARCAÇAS, FRIGORÍFICO, SUÍNOS