25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1208-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

FENÓTIPO DE RESISTÊNCIA E PESO MOLECULAR DE PLASMÍDEOS OBTIDOS DE BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS COM OU SEM ESBL ISOLADAS DE AMOSTRAS CLÍNICAS DE PACIENTES ATENDIDOS NA FUNDAÇÃO HEMOAM DO ESTADO DO AMAZONAS

Nayanne Cristina Oliveira da Silva Almeida (UFAM); Cristina Motta Ferreira (HEMOAM); Wiliiam Antunes Ferreira (FUAM)

Resumo

Introdução: Bactérias como Escherichia coli, Klebsiella sp., Enterobacter sp., Serratia sp., Pseudomonas sp. e Acinetobacter sp., têm sido freqüentemente isoladas de processos infecciosos hospitalares e em muitos casos, apresentando resistência a antibióticos beta-lactâmicos, mesmo aqueles com inibidores de betalactamase. Pesquisas relatam que esta resistência tem relação com enzimas denominadas ESBLs (betalactamase de espectro estendido) presentes tanto em plasmídeos quanto em cromossomos. Objetivo: Identificar a resistência a antibióticos e peso molecular de plasmídeos extraídos de bactérias gram-negativas ESBL positivas isoladas de amostras clínicas de pacientes atendidos da Fundação HEMOAM. Material e Método: As amostras foram coletadas de 73 pacientes de ambos os sexos atendidos ou internados no HEMOAM e as bactérias isoladas a partir de meios de cultura padronizados. Posteriormente, foram submetidos a testes de suscetibilidades (Etest®) com: tetraciclina, ciprofloxacina, imipenem, ceftazidima, cefoxitina, cloranfenicol e amicacina. As ESBLs positivas foram submetidas à extração plasmidial por lise alcalina para caracterização dos respectivos pesos moleculares. A identificação dessas ESBLs foram feitas anteriormente por Ferreira e cols., 2009 (não publicado). Resultados: Dos 73 pacientes estudados 53,42% eram do sexo masculino e 46,6% feminino. Das amostras coletadas, isolou-se 17 bactérias: 17,7% eram Pseudomonas spp e Serratia spp., 11,8% B. cepacia, 5,8% Klebsiella spp e 47,0% E.coli. O antibiograma mostrou resistência de 88,2% para tetraciclina, 70,5% a ciprofloxacina, 6,0% a ceftazidima, 5,8% a cefoxitina e cloranfenicol e 5,9% para amicacina. O fenótipo para ESBL positivo foi de 70,8% e uma (5,8%) foi caracterizada fenotipicamente como não determinada. O peso molecular dos plasmídeos extraídos apresentou variação entre 3,5 a 7,0Kb. Conclusão: A resistência detectada das bactérias foi semelhante ao observado em outras pesquisas. Estes dados requerem atenção devido a possibilidade de limitações da antibióticoterapia a ser utilizada no tratamento dos pacientes, principalmente daqueles infectados por bactérias com ESBL. Estudos complementares serão necessários para caracterização dos plasmídeos detectados e sua relação ou não com as beta-lactamases identificadas nesta pesquisa com os dados relatados na literatura.


Palavras-chave:  ESBL, plasmídeos, resistência