ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS TOLERANTES A PRESENÇA DE HIDROCARBONETOS (IN VITRO) EM SOLO AMAZÔNICO

Lorena Azevedo de Lima (UFAM); Larissa Ribeiro Ramos (UFAM); Raimundo Felipe da Cruz Filho (UFAM); Januário Gama dos Santos (UFAM)

Em decorrência de vários acidentes ambientais de diferentes proporções envolvendo petróleo e seus derivados, além da manipulação inadequada destes hidrocarbonetos, gerou-se na escala mundial, em um problema de contaminação a terra, no ar e na água. Em vista desses fatores citados acima, há a necessidade de pesquisas de novas tecnologias que demonstrem eficiência para o tratamento dos locais impactados, dentre estas tecnologias, o uso de microrganismos tolerantes a este tipo de contaminação, pode ser um fator positivo devido ao uso das ferramentas biotecnológicas oferecerem menor impacto ao ambiente natural. Esse trabalho foi realizado com 1500 g de amostra de solo, da reserva do Campus da Universidade Federal do Amazonas, acondicionadas em triplicatas em Becker 2000 mL, com o objetivo de verificar o crescimento bacteriano (UFC's), antes e a após a contaminação com petróleo. Nas amostras de solo  foram adicionadas 75 ml de petróleo, e a cada 7 dias foram realizadas coletas para contagem de colônias pelo métodos das diluições sucessivas até 10^-5, usando o meio Plate Count Agar (PCA) incubados a 37 ^oC. Esse processo foi repetido durante 30 dias e em cada coleta as bactérias eram identificadas morfofisiologicamente. Verificou-se que não houve nenhuma variação plausível entre crescimento de colônias das amostras de solo não contaminado e das colônias das amostras da primeira coleta com solo contaminado. Os resultados, no entretanto revelaram que após os 30 dias de contaminação 100% das bactérias resistentes a hidrocarbonetos eram Bacillus sp e a contagem de UFC's no tempo zero e após os 30 dias do experimento demonstram que houve uma drástica redução na diversidade e na quantidade das bactérias durante esse tempo em contato com o petróleo, resistindo nas semanas seguintes apenas as tolerantes a esse poluente (Verificou-se na coleta1: 9x10⁵ UFC/g; na coleta2: 4x10⁵ UFC/g; na coleta3: 2x10⁵ UFC/g e na coleta4: 1x10⁵ UFC/g). A partir dos resultados obtidos neste experimento, acredita-se que há necessidade,  portanto de mais estudos que possibilitem a utilização desses microrganismos na aplicação de processos de tratamento de solos contaminados com petróleo.