25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1190-1


Área: Fermentação e Biotecnologia ( Divisão J )

AVALIAÇÃO DE EXTRATO PIGMENTADO DE PENICILLIUM EXPANSUM

Luiza Prates Honaiser (UFRGS); Fernanda Cortez Lopes (UFRGS); Alessandro de Oliveira Rios (UFRGS); Adriano Brandelli (UFRGS)

Resumo

Fungos estão associados de forma benéfica à produção de vários produtos como: queijo, pão, antibióticos, enzimas, ácidos orgânicos e pigmentos. Por outro lado, também podem estar associados à ocorrência de doenças em animais e plantas, deterioração de alimentos e bebidas e produção de micotoxinas. As micotoxinas são metabólitos secundários tóxicos produzidos por fungos e apresentam estruturas químicas diversas. São produzidas por muitas espécies de Fusarium, Aspergillus e Penicillium. Os métodos para análise de micotoxinas incluem cromatografia em camada delgada (TLC), cromatografia gasosa (GC), cromatografia gasosa-espectroscopia de massa (GC-MS) e cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). O objetivo do trabalho foi verificar a produção de patulina e citrinina em extrato pigmentado de cultivo de Penicillium expansum por TLC. O extrato amarelado foi produzido sob fermentação submersa em meio unha de frango na concentração de 1%, a 120 rpm, 30 ºC por 7 dias. O extrato foi seco em estufa a 30 ºC por 2 dias. Foi também realizado um cultivo em placa de Petry contendo meio YES (Yeast Extract Saccharose) do fungo, meio propício para produção dessas micotoxinas, por 7 dias a 30 ºC. Desse meio foi realizada extração com clorofórmio:metanol (2:1) e maceração. Foi realizada TLC em sílica para verificação da produção dessas micotoxinas, para isso utilizaram-se padrões de citrinina e patulina, que foram comparados com os extratos dos meios YES e unha de frango. A fase móvel foi composta de tolueno:acetato de etila:ácido fosfórico (5:4:1). Ao final da cromatografia, a placa foi visualizada sob luz ultravioleta e não foi evidenciada a presença de patulina e após a revelação com MBTH 0,5% também foi verificado a ausência de citrinina em ambos os extratos. Devido à ausência dessas micotoxinas nos extratos, pode-se supor que esta cepa de Penicillium expansum pode ser segura para estudos de produção de pigmentos hidrossolúveis, uma vez que essas micotoxinas são as mais comumente produzidas por essa espécie. Após tais estudos preliminares estão sendo realizadas análises de identificação e caracterização do composto de cor amarela presente no extrato para eliminar a possibilidade de se tratar de uma micotoxina. Garantindo a segurança do composto, serão realizados estudos para aplicação industrial desse pigmento.


Palavras-chave:  micotoxinas, pigmentos microbianos, Penicillium expansum, Cromatografia em camada delgada