MICOSES SUPERFIAIS EM USUÁRIOS DO PSF, JOÃO PESSOA-PB

Zélia Braz Vieira da Silva Pontes (UFPB); Mª de Fátima Farias Peixoto de Carvalho (UFPB); Mª Conceição Sarmento (SMS); Waleria Pereira Viana (UFPB); Mª Carolina Sorrentino Lianza (UFPB); Layanna Carla Ferreira de Sousa (UFPB); Felipe Queiroga Sarmento Guerra (UFPB)

As micoses superficiais infecções fúngicas que comprometem a pele e/ou anexos, que de acordo com a manifestação clínica, a distribuição geográfica e o agente etiológico classificam-se em: piedra branca (Trichosporon spp.) e preta (Piedraie hortae), tinea nigra (Hortae werneckii), pitiriase versicolor (Malassezia spp.), candidíase cutâneo-mucosa (Candida spp.) e dermatofitoses (Dermatófitos). Em países tropicais a prevalência é alta e varia ao longo do tempo, devido as condições ambientais, socioeconômicas e higiênicas da população. São um problema de saúde pública, associada a não obrigatoriedade de notificação, no Brasil. Os objetivos do estudo foram prevenir e diagnosticar micoses superficiais em usuários do PSF, nas comunidades Padre Zé e Ipês, João Pessoa/PB. Palestras e folhetos educativos foram distribuídos aos usuários. Após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido foi realizado preenchimento de ficha epidemiológica e análise clínica e micológica (exame microscópico direto-KOH e/ou cultivo-ágar Sabouraud e Mycosel). Foram assistidos 437 usuários, 294/Ipês e 143/Padre Zé, sendo 53,4% e 44,8%, respectivamente portadores de micoses superficiais. A faixa etária dos usuários variou de 1-81 anos, sendo 81,3% e 18,7% micoses superficiais diagnosticadas em crianças de 0-14 anos de idade e o gênero feminino atingido em 68,2% e 75%, respectivamente dos Ipês e Padre Zé. Pitiríase versicolor (Malassezia spp.) foi mais frequente 76,4% e 65,6%, seguida das dermatofitoses -Trichophyton rubrum 5,1% e 9,4%, candidíase cutâneo-mucosa - C. albicans  4,5% e 10,9% e onicomicose por Fusarium 0,6% e 1,6%, respectivamente nos Ipês e Padre Zé. Os resultados mostram a importância do diagnóstico e monitoramento do tratamento das micoses superficiais, em especial, para estes usuários que habitam em locais com pouca ou nenhuma condição de higiene e saneamento adequada, sendo necessário a continuação da ação de prevenção.