25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1168-2


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO POR E. COLI: UM LEVANTAMENTO DOS PERFIS MAIS ACOMETIDOS FRENTE A AVALIAÇÃO DA SUSCETIBILIDADE BACTERIANA A AGENTES ANTIMICROBIANOS

Ana Paula Baptista (UENP/CLM); Fernanda Priscila Sezefredo (UENP/CLM); Caroline Freire Basaglia (UENP/CLM); Guilherme Napoleão Pertinhez (UENP/CLM); Sérgio Birello Sartori (UENP/CLM); Leopoldo Sussumu Matsumoto (UENP/CLM); Cristiano Massao Tashima (UENP/CLM)

Resumo

A Infecção do Trato Urinário (ITU) caracteriza-se pela invasão e multiplicação de microrganismos que podem estar presentes em qualquer parte do trato urinário. Um dos principais causadores desta infecção é a E. coli. Embora acometa pessoas em todas as idades e sexo, parece existir uma predominância em mulheres. Além disso, o uso incorreto de medicamentos parece induzir tais patógenos a uma resistência. Para tal pesquisa utilizou-se 54 amostras positivas para E. coli onde avaliou-se a resistência bacteriana para Ampicilina, Estreptomicina, Norfloxacina, Gentamicina e Tobramicina, além de analisar diferenças como convênio utilizado e sexo dos pacientes. Dentre os usuários, verificou-se uma estimativa de 60,00% e 80,30% para exames positivos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e Convenio/Particular, respectivamente; sendo 49 amostras de pacientes do sexo feminino e 5 do masculino. O número elevado de amostras para os convênios/particular, se deve possivelmente pela grande demanda que os sistemas de saúde recebem diariamente, não conseguindo, portanto, suprir as necessidades de todos os usuários. Outro fator que deve ser considerado é a urgência no tratamento, devido aos sintomas da infecção, que acabam induzindo o paciente a optar por serviços mais rápidos como o convênio/particular. O sexo feminino é considerado um fator de risco para ITU, provavelmente por fatores anatômicos que a predispõe, como uma uretra menor e ausência de propriedades antimicrobianas como as encontradas no líquido prostático. Quando comparados os antibiogramas, observou-se uma melhor eficácia com a Tobramicina e Gentamicina seguidos de Norfloxacina e Estreptomicina. Provavelmente esta ordem de resposta aos fármacos está correlacionado a disponibilização e utilização indiscriminada pelo SUS. Vale ressaltar que a Tobramicina não é aviada pelo SUS e que embora a gentamicina seja ofertada na saúde publica, sua forma injetável, dificulta seu uso corrente, sendo menos aceita pela população. A partir dos dados apresentados, concluiu-se que a ITU é mais freqüente em mulheres e que o uso empírico dos medicamentos, principalmente no setor público, podem reduzir sua vida útil por induzir a formação de cepas multi-resistentes.


Palavras-chave:  Infecção do Trato Urinário, E. coli, Antibiograma, Sistema Único de Saúde