AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA MOLECULAR UTILIZANDO A TÉCNICA DE SPOLIGOTYPING EM ISOLADOS DE PACIENTES PROVENIENTES ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS).

Adolfo Carlos Barreto Santos (UNESP - Araraquara); Eunice Atsuko Totumi Cunha (LACEN - MS); Natália Helena Mendes (UNESP - Araraquara); Rosália Maia (MInistério da Saúde); Ana Carolina Malaspina (UNESP - Araraquara); José Rodrigo Cláudio Pandolfi (UNESP - Araraquara); Clarice Queico Fujimura Leite (UNESP - Araraquara)

INTRODUÇÃO: O Brasil apresenta a 2ª maior taxa de morbidade e mortalidade nas Américas em relação à Tuberculose (TB), com uma taxa de incidência de 62 casos/100.000 hab. A tuberculose é uma doença infecciosa em que as técnicas de biologia molecular permitem a obtenção de informações que seriam difíceis de serem obtidas através de métodos laboratoriais convencionais. O estudo da epidemiologia molecular para o Mycobacterium tuberculosis, é realizado através de diferentes técnicas vigentes como IS6110-RFLP, Spoligotyping e MIRU vem permitindo comparação entre linhagens de M. tuberculosis e rastreamento da movimentação de linhagens individuais.  OBJETIVO: Avaliar a epidemiologia molecular de pacientes portadores com Tuberculose no Estado do Mato Grosso do Sul (MS) utilizando a técnica de Spoligotyping. MATERIAL E MÉTODOS: Foram submetidos à técnica de Spoligotyping  40 isolados de pacientes portadores de Tuberculose pulmonar atendidos pelo LACEN – MS no ano de 2004. RESULTADOS e DISCUSSÃO:  A comparação dos perfis genéticos obtidos com os dados inseridos no Banco Internacional de Spoligotyping SpolDB4 permitiu a identificação de 10 spoligotipos (shared-types - STs) previamente descritos, distribuídos em 20 isolados pertencentes a LAM9, 4 se enquadraram no spoligotipo T1, 3 isolados pertencentes a T2, 2 isolados aos spoligotipos U, LAM1 e H1, 1 isolado  LAM4, X1, T4 e H37Rv, os demais 3 isolados apresentaram spoligotipo ainda não descrito no banco de dados SpolDB4. A linhagem Latin-American-Mediterranean (LAM) foi a mais freqüente entre as amostras analisadas representando 57,5% dos isolados. As famílias H, LAM e T totalizaram 72,5% das amostras analisadas. CONCLUSÃO: Avaliando a movimentação de linhagens presente nos isolados estudados, observou-se que a maioria dos pacientes do estado do Mato Grosso do Sul apresentaram um perfil de famílias pertencentes as três principais spoligotipos descritos mundialmente, sendo as mais freqüentes na África, América Central, Europa e América do Sul.