Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A ) ANTIBIOGRAMA E TESTES IN VIVO COM UMA CHROMOBACTERIUM VIOLACEUM ISOLADA DE PACIENTES INFECTADOS EM NATAL/RN.
Thales Lira de Medeiros (UFRN); Claudio Bruno Silva de Oliveira (UFRN); Pedro Rauel Cândido Domingos (UFRN); Leonardo de Albuquerque Dantas (UFRN); Maria Celeste Nunes de Melo (UFRN); Valter Ferreira de Andrade Neto (UFRN)
Resumo
Introdução: A C. violaceum é uma bactéria
Gram negativa, de vida livre, móvel que produz um pigmento violáceo.
Ela é encontrada principalmente no solo e na água de regiões
tropicais e subtropicais do planeta. A contaminação por essa
bactéria se dá geralmente através de
solução de continuidade da pele em contato com águas estagnadas e
contaminadas, existindo também relatos de contaminação por
afogamento. As infecções em humanos causadas pela C. violaceum
não são comumente observadas. A partir de um caso de infecção por
C. violaceum em Natal/RN, resolvemos analisar o perfil de
susceptibilidade antimicrobiana, suas vias de infecção bem como a
sua evolução clínica em camundongos.
Materiais e Métodos: O antibiograma foi feito
utilizando a galeria ATB G5 (Bioméuriex®) especifica para bactérias
gram negativas, onde foi inoculada uma suspensão bacteriana ajustada
a 0,5 na escala de Mac Farland e posteriormente incubada a 37°C/24h.
Para a análise das vias de infecção utilizamos 4 grupos (A, B, C1
e C2) de 4 animais cada. O grupo “A” recebeu 100µl de uma
solução bacteriana “S” ajustada a 0,5 Mac Farland, em dose
única por meio de gavagem. O grupo “B” recebeu 100 µl da
solução bacteriana “S”, dose única, por uma injeção
intraperitonial. O grupo C1 recebeu 100 µl de salina por gavagem e o
C2 por via intraperitonial. O acompanhamento dos sintomas desses
animais ocorreu durante um período de 14 dias, com necropsia dos
animais que morreram durante esse período.
Resultados e Discussão: A C. violaceum se
mostrou resistente aos antibióticos ciprofloxacino,
piperacilina/tazobactam, cefotaxima, Cefoxitina, Cefalotina,
Oxacilina, Piperacilina, Ticarcilina/Ac. Clavulânico, Ticarcilina e
Amoxacilina. As duas vias de infecção se mostraram eficientes na
infecção dos animais. Os animais infectados por via intraperitonial
apresentaram os primeiros sintomas, retração abdominal e
piloereção, após 12 horas da infecção, evoluindo de maneira
fulminante para óbito depois de 24h, apresentando múltiplos
abscessos hepáticos. Dos animais infectados por gavagem apenas um
apresentou sintomas, que começaram no quinto dia de infecção,
evoluindo para óbito no 10° dia de infecção.
Conclusão: A bactéria apresentou espectro de
resistência similar ao encontrado na literatura. As duas vias
mostraram-se eficientes. Os primeiros sintomas apresentados foram:
piloereção, retração abdominal e apatia.
Palavras-chave: Chromobacterium violaceum, Infecção, Antibiograma |