25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1142-2


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

PESQUISA DE STAPHYLOCOCCUS AURES NAS MÃOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UM HOSPITAL DO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA, RJ

Sandra Regina de Souza Ernesto Silva (UGB); Cristiane da Silva (UGB); Gleysiene Corrêa Rezende Alves (UGB); Carlos Alberto Sanches Pereira (UGB); Lourival de Souza Guerra Júnior (UGB); Renato da Silva Teixeira (EEL USP); Renata Coutinho dos Santos (UGB); Ronie José Cabral da Silva (EEL USP); Priscila Filgueiras Duarte (UGB); Rodrigo Melette Leite (UGB)

Resumo

Os funcionários de ambiente hospitalar possuem a responsabilidade de proporcionar um ambiente seguro para seus pacientes, exercendo suas funções de maneira apropriada e consciente. A prevenção de infecções em ambientes hospitalares depende muito da consciência e do conhecimento dos profissionais de saúde que ali trabalham. Os estafilococos são responsáveis por diversos problemas de saúde, incluindo pele e infecções de tecidos moles, em sítio cirúrgico, endocardite e bacteremia adquiridos em estabelecimento hospitalar, com isso, a maioria das infecções adquiridas estão associadas à Staphylococcus aureus, que podem ser transmitidos pelo contato das mãos. Desta forma esta trabalho teve como objetivo avaliar a incidência de Staphylococcus spp nas mão de funcionários de vários setores de um hospital do Município de Volta Redonda, RJ. Foram utilizados Swabs para a coleta das mostras das mãos dos funcionários (cinco de cada setor), que aconteceu antes e durante o horário de expediente, dos mesmos e em seguida foram transportados para o laboratório de Microbiologia para o processamento das diluições decimais, onde cada diluição foi inoculada em placas de Petri contendo Ágar Baird-Parker. As placas foram incubadas a 37oC por 48 horas. Após o crescimento foram realizados os seguintes testes: coloração de Gram, prova da catalase, teste da coagulase e confirmação com o Staphclin. Os setores que participaram foram: pediatria, clínica cirúrgica, pronto socorro adulto, UI, CTI, lactário, pronto socorro infantil, clínica médica, cozinha, centro obstétrico, UTI neonatal, centro cirúrgico e maternidade. Todos os setores apresentaram funcionários colonizados por Staphylococcus spp e os resultados estão expressos em média, onde: a pediatria apresentou Log 4,48 UFC/ml, a clínica cirúrgica Log 4,25 UFC/ml, o pronto socorro adulto Log 4,25 UFC/ml, a UI Log 4,20 UFC/ml, o CTI Log 4,19 UFC/ml, o lactário Log 4,16 UFC/ml, o pronto socorro infantil Log 4,09 UFC/ml, a clínica médica Log 3,98 UFC/ml, a cozinha Log 3,82 UFC/ml, o centro obstétrico Log 3,69 UFC/ml, a UTI neonatal Log 3,27 UFC/ml, o centro cirúrgico Log 3,23 UFC/ml e a maternidade Log 2,99 UFC/ml. Dos estafilococos isolados 41,5% são representados pelos Estafilococos Coagulase Negativa e 58,5% S. aureus. Esses resultados nos mostra a necessidade de maior cuidados com as mãos antes de proceder com os pacientes, pois uma vez internados é comum a debilitação imunológica acontecer, o que favorece a colonização dos mesmos, quando não há higiene apropriada. Acreditamos que há necessidade de desenvolvimento de atividades de conscientização dos funcionários para evitar contaminação maciça em diversos setores.


Palavras-chave:  Staphylococcus aures, Mãos contaminadas, ECN