25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1122-1


Área: Patogenicidade Microbiana ( Divisão D )

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DA CREATINA QUINASE NO HIPOCAMPO E CORTEX DE RATOS WISTAR SUBMETIDOS A MENINGITE PNEUMOCÓCICA

Tatiana Barichello (UNESC); Geovana Dagostin Savi (UNESC); Geruza Zapelini da Silva (UNESC); Joana Torquato (UNESC); Ana Lucia Batista (UNESC); Gislaine Tezza Rezin (UNESC); Gustavo Feier (UNESC); Patricia Santos (UNESC); Giselle Scaini (UNESC); Emilio Streck (UNESC)

Resumo

A meningite bacteriana ocasionada pelo Streptococcus pneumoniae está associada a uma significativa taxa de mortalidade de 30%, sendo que em até 50% dos sobreviventes persistem sequelas neurológicas, incluindo déficit sensório-motor, atenção, dificuldade de aprendizagem e memória. A creatina quinase (CK) desempenha um papel central no metabolismo dos tecidos que consomem alta energia, sendo que a diminuição de sua atividade está associada a um percurso neurodegenerativo que resulta em perda neuronal após isquemia cerebral, doenças neurodegenerativas e outros estados patológicos. O objetivo deste estudo foi avaliar o nível de CK no hipocampo e no cortex de ratos Wistar adultos submetidos a meningite pneumocócica. Materiais e métodos: ratos Wistar adultos, machos, pesando entre 250g e 300g, sob anestesia, foram submetidos a inoculação na cisterna magna de 10ul de solução fisiológica estéril ou suspensão de Streptococcus pneumoniae na concentração 5x109 UFC/mL. Oito horas após a indução os animais receberam tratamento com ceftriaxona (100mg/Kg duas vezes ao dia) e foram mortos por decapitação nos tempos: 6, 12, 24 e 48 horas. O cerebro foi removido e as estruturas cerebrais hipocampo e cortex foram separadas e armazenadas a -80°C para posterior análise da atividade da CK. Resultado: Não houve alteração da atividade da creatina quinase nos tempos 6 e 12 horas após a indução da meningite. Porem 24h após a indução houve uma diminuição da atividade da creatina quinase, retornando a normalidade em 48 horas após a indução da meningite. Discussão: os nossos achados estão de acordo com outros estudos que evidenciam o pico máximo de apoptose neuronal em ratos induzidos a meningite pneumocócica no tempo de 30 horas, retornando a normalidade em 40 horas. Conclusão: Nossos dados sugerem que a CK pode ser considerada um biomarcador de lesão cerebral na meningite


Palavras-chave:  Cortex, Creatina quinase, Hipocampo, Meningite, Streptococcus pneumoniae