25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1118-1


Área: Micologia Médica ( Divisão B )

FORMAÇÃO DE BIOFILME POR ASPERGILLUS SP E FUSARIUM SP ISOLADOS DE ÁGUAS DE EQUIPOS ODONTOLÓGICOS

Rafael Aparecido Santos (UNIFRAN); Amir Horiquini (UNIFRAN); Regina Helena Pires (UNESP); Maria José Mendes-giannini (UNESP); Tatiane Carvalho (UNIFRAN); José Eduardo Zaia (UNIFRAN); Carlos Henrique Martins (UNIFRAN)

Resumo

A incidência de doença fúngica invasiva, predominantemente entre imunocomprometidos, a resistência às drogas antifúngicas e a falta de testes diagnósticos específicos demandam maior interesse na patogênese desses agentes, uma vez que a severidade e o aumento da incidência de infecções por Aspergillus sp e Fusarium sp priorizam melhor entendimento na interrelação hospedeiro e fungo. Simultaneamente, o encontro de microrganismos oportunistas em águas utilizadas em odontologia possibilitou a associação dos aerossóis gerados nos consultórios como fonte potencial de transmissão desses. O crescimento microbiano na forma de biofilmes é favorecida nos equipos devido à estagnação da água no circuito hídrico e uso de componentes plásticos. Assim, o objetivo desse estudo foi reportar a capacidade de formação de biofilme de isolados de Aspergillus sp (23) e Fusarium sp (28). A amostragem foi obtida de águas utilizadas para abastecimento de cadeiras odontológicas totalizando 240 amostras em cinco pontos especificos: seringa tríplice, alta rotação, reservatório individual e central. O crescimento dos biofilmes (10 replicatas) foi determinado por método visual e espectrofotométrico com ensaio de redução usando-se o 2,3-bis(2-methoxy-4-nitro-5-sulfo-phenyl)-2H-tetrazolium-5-carboxanilide (XTT) em placas de microtitulação. Ensaiou-se, inicialmente, por período de 72 horas, a variabilidade entre os biofilmes formados pelos diversos isolados em poços independentes, medindo-se a densidade ótica de cada poço a 490 nm (1,38±0,51 para Fusarium sp e 1,30±0,36 para Aspergillus sp). Entre os fungos capazes de crescer em modo de biofilme, isolados representativos foram selecionados (8 para cada gênero) para ensaios de cinética nos tempos 2, 4, 6, 8, 10, 24, 48 e 72 horas (5 replicatas) demonstrando que o aumento da leitura colorimétrica correspondia ao aumento da densidade celular (maturação) confirmada por microscopia no final de 72 horas. Conclui-se que a qualidade da água do equipo pode estar comprometida, pois os isolados de Aspergillus sp e Fusarium sp são capazes de crescer no modo biofilme.

Financiamento: FAPESP, UNIFRAN


Palavras-chave:  Biofilme, Fusarium, Aspergillus, Equipo odontológico, Água