25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1094-1


Área: Microbiologia de Alimentos ( Divisão K )

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DO QUEIJO MINAS FRESCAL INDUSTRIALIZADO 

Andréa Cátia Leal Badaró (UTFPr); Renata Machado de Freitas (UnilesteMG); Rejane Santos Teixeira (UnilesteMG); Hélia Lucila Malta (UnilesteMG); Mônica Mendes Cordeiro Araújo Moraes (UnilesteMG)

Resumo

Introdução: Um dos derivados lácteos mais consumidos é o queijo, por ser atualmente bastante acessível à população e ter grande valor nutritivo. A qualidade do leite é de fundamental importância para a sua produção. As doenças de origem bacteriana transmitidas por alimentos são um grande problema em saúde pública, e por isso a avaliação microbiológica dos alimentos é fundamental, pois o monitoramento pode evitar que estes possam causar riscos à saúde dos consumidores. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica do queijo Minas Frescal comercializado no município de Ipatinga - MG.

Material e métodos: Foram realizadas, entre março e abril de 2009, análises microbiológicas de 10 amostras de queijo Minas Frescal comercializadas em Ipatinga-MG. Todas as marcas avaliadas eram inspecionadas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) ou pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). As amostras foram avaliadas quanto à contagem de coliformes a 45° C (técnica do número mais provável) e contagem de Staphylococcus aureus coagulase positiva (técnica por plaquemento spread plate).

Discussão dos resultados: Todas as amostras analisadas estavam em desacordo com a legislação vigente quanto ao número mais provável de coliformes a 45° C, que é de 5x102 NMP/g e 70% das amostras também não atendiam a legislação por apresentar valores superiores a 5x102 UFC /g de Estafilococos coagulase positiva, parâmetros definidos na RDC no. 12/2001 da ANVISA. Assim, observou-se que os resultados desta pesquisa evidenciam um potencial risco à saúde dos consumidores pela ingestão destes produtos.

Conclusão: O número elevado de amostras em desacordo com a legislação evidencia falhas no processamento dos queijos e destaca a importância de uma constante e efetiva fiscalização do produto e da matéria-prima pelos órgãos competentes, visando assim, garantir a qualidade e segurança do produto disponibilizado ao consumidor. É importante ressaltar que as amostras avaliadas estão sob fiscalização do Sistema de Inspeção Federal (SIF) ou Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), e ainda assim representam um risco potencial à saúde pública, o que exige uma maior atenção dos órgãos fiscalizadores e empresas produtoras.

Agradecimentos: Ao UnilesteMG e à Universidade Federal de Viçosa pelo apoio e financiamento da pesquisa.

 


Palavras-chave:  Queijo Minas frescal, qualidade microbiológica, saúde pública