Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A ) EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DE AMOSTRAS DE SHIGELLA ISOLADAS DE CRIANÇAS COM DIARRÉIA NA CIDADE DE MANAUS- AM. Paula Taquita Serra (UEA); Leidiane Amorim Soares (CpQLMD-FIOCRUZ); Luis André Mariúba (CpQLMD-FIOCRUZ); Dayane Martins Serfaty (UEA); Raquel Oliveira Pessoa (UEA); Luciana Pereira Sousa (CpQLMD-FIOCRUZ); Maria Edilene Martins Almeida (UEA); Yuri Oliveira Chaves (UEA); Patrícia Puccinelli Orlandi Nogueira (CpQLMD-FIOCRUZ)
Resumo
Introdução
O
diagnóstico de shigelose é feito pelo isolamento dos
microorganismos em meios de cultura seguido de identificação
bioquímica e reações de aglutinação com anti-soros específicos.
Um dos testes moleculares mais utilizados, é a amplificação por
PCR do gene ipaH
que é responsável por uma proteína localizada no flagelo e que
está presente em todas as espécies de Shigella.
Diante do exposto, investigamos a prevalência dos sorotipos de
Shigella
em crianças com diarréia aguda atendidas em Manaus, detectando os
fatores de virulência e avaliando os dados clínicos e
epidemiológicos associados a este patógeno. Este estudo é inédito
na região do Amazonas.
Materiais
e métodos
Identificação clássica
e bioquímica - As amostras foram identificadas em galeria Bioquímica
de Citrato, TSI, EPM e Mili.
Teste de sensibilidade a
antimicrobianos
- Para
o antibiograma, a técnica utilizada foi descrita por Bauer e
colaboradores
(1996).
Extração de DNA
plasmidial - foi feita através da lise alcalina descrita por
Maniatis
e colaboradores, 1989
Técnica de PCR
- Foi
realizada através de reação de PCR, utilizando primers para a
detecção dos genes IpaH,
IpaBCD, Einv e Evt.
Sorologia – Foram
realizados anti-soros polivalentes espécie – específicos
procedentes da PROMICRO.
Resultados e Discussão
Os
testes sorológicos mostraram a
Shigella flexneri
sendo a mais freqüente (32%) seguida pela S.
sonnei
(26%), S.
dysenteriae
(14%) e S.
boydii
(8%).
Os
resultados obtidos condizem com o observado nas demais localidades do
Brasil, com a predominância de Shigella
flexneri.
Os genes IpaH
e IpaBCD
são essenciais para que a bactéria possa atravessar as células M e
cumprir seu perfil invasivo. Das 50 amostras, 30 foram positivas para
o gene IpaH
, 28
para o IpaBCD,
28 para
o Einv
e 3 para o Evt.
As amostras foram
testadas quanto a nove antibióticos. Todas foram resistentes a
Nalidixico Ac. e Clorafenicol, 98% foram resistentes a Kanamicina,
96% a Tetraciclina e Gentamicina, 90% a Ampicilina, 72% a Amoxilina +
Ac. Clavulânico, 40% a Ciprofloxacino e 32% a Ceftriaxona.
O teste mostrou que a
terapia antimicrobiana utilizada nos hospitais é ineficaz. Disto
isto, um antibiograma seria necessário antes da administração dos
antibióticos.
No trabalho realizado,
pode-se observar a presença de plasmídeo de resistência em 22
amostras.
Financiamento: FAPEAM,
CNPq
Palavras-chave: Shigella, Epidemiologia molecular, Diarréia Infatil, Antibiograma, Amazonas |