25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1067-1


Área: Microbiologia Geral ( Divisão H )

O SINERGISMO ENTRE DROGAS ANTIMICROBIANAS E PRODUTOS NATURAIS

Nathalia Cristina Cirone Silva (Unesp/Botucatu); Lidiane Nunes Barbosa (Unesp/Botucatu); Gabriela Soares da Silva (Unesp/Botucatu); Isabela da Silva Probst (Unesp/Botucatu); Bruna Fernanda Murbac Teles Machado (Unesp/Botucatu); Ary Fernandes Junior (Unesp/Botucatu)

Resumo

Durante o metabolismo secundário de muitos tipos de plantas ocorre a produção que compostos ativos que desde muito tempo o homem os utiliza para as mais variadas finalidades, sendo possível destacar a propriedade antimicrobiana para cura de doenças infecciosas. Atualmente os conhecimentos, até então considerados empíricos, da ação antimicrobiana de muitas plantas, têm sido confirmados cientificamente por grupos de pesquisadores ao mesmo tempo em que tem aumentado a freqüência de relatos sobre microrganismos patogênicos resistentes a muitos dos antimicrobianos conhecidos. Assim, os produtos derivados (extratos e óleos essenciais) de plantas, especialmente as consideradas medicinais, apresentam um potencial de uso no controle de microrganismos em inúmeras situações, podendo esses produtos atuarem junto com a droga antimicrobiana no combate de doenças infecciosas. No presente estudo é proposto o sinergismo entre drogas antimicrobianas e óleos essenciais e extratos de 4 plantas ditas medicinais (Pitanga (Eugenia uniflora), Alecrim do campo (Baccharis dracunculifolia), Camomila (Matricaria chamomilla), Assa peixe(Vernonia polyanthes) sobre linhagens de S. aureus e E. coli.Os valores de Concentração Inibitória Mínima (CIM) foram determinadas utilizando metodologia da diluição em agar e inoculação de 32 linhagens bacterianas, sendo 16 linhagens de S. aureus e 16 de E.coli. Os ensaios para verificação de sinergismo entre drogas e os produtos naturais foram realizados de acordo com a metodologia dos discos (metodologia de Kirby&Bauer) onde usamos ¼ da CIM para 90% das linhagens.Para S.aureus houve sinergismo entre o óleo de assa peixe e óleo de alecrim do campo e as 8 drogas testadas, para os óleos de camomila e pitanga apenas 3 drogas tiveram sinergismo e em relação aos extratos apenas o extrato de camomila teve sinergismo para duas drogas. Em relação a E.coli, o extrato de assa peixe obteve sinergismo com duas drogas e o extrato de pitanga para uma droga. Essa grande diferença pode ser explicada pelo fato de as bactérias Gram negativas serem mais resistentes que a Gram positivas. E o resultado do sinergismo mostrou também que o produto natural que não tem uma CIM boa pode, junto com alguma droga, ser eficiente.


Palavras-chave:  Escherichia coli, óleos essenciais, Produtos naturais, Sinergismo, Staphylococcus aureus