25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1055-1


Área: Micobacteriologa ( Divisão C )

DIFERENCIAÇÃO ENTRE M. TUBERCULOSIS, M. BOVIS BCG E M. BOVIS INDENTIFICADOS COMO "COMPLEXO" M. TUBERCULOSIS PELO MÉTODO PRA (PCR-RESTRICTION ENZYME PATTERN ANALYSIS) UTILIZANDO OUTRAS METODOLOGIAS

Bianca Porphírio da Costa (CRPHF/ENSP/Fiocruz); Luciana Distasio de Carvalho (CRPHF/ENSP/Fiocruz); Adalgiza da Silva Rocha (LBMAM); Carlos Eduardo Dias Campos (CRPHF/ENSP/Fiocruz); Mariza Villas Boas da Silva (CRPHF/ENSP/Fiocruz); Paulo Cesar de Souza Caldas (CRPHF/ENSP/Fiocruz); Fátima Cristina Onofre Fandinho (CRPHF/ENSP/Fiocruz)

Resumo

 O gênero Mycobacterium apresenta aproximadamente uma centena de espécies descritas, parte destas são patogênicas estritas, potencialmente patogênicas ou oportunistas. Oficialmente fazem parte do Complexo M. tuberculosis (CMTB) as espécies: Mycobacterium tuberculosis, Mycobacterium bovis, M. bovis – BCG, Mycobacterium africanum, Mycobacterium microti, Mycobacterium pinnipeddi. O “Mycobacterium canetti”, descrita inicialmente por George Canetti em 1969, ainda não foi oficialmente reconhecida como membro do CMTB. A identificação do M. tuberculosis é essencial para a confirmação do diagnóstico e necessária para o tratamento adequado dos pacientes. No presente estudo, avaliamos 51 cepas enviadas para o Laboratório de Bacteriologia da Tuberculose do CRPHF, identificadas como pertencentes ao Complexo M. tuberculosis (CMTB), pelo método do PRA ( PCR-Restriction enzyme analysis ) utilizando, outras metodologias para a separação das espécies. Para este fim, foram efetuados alguns testes fenotípicos e genotípicos adicionais, tais como o teste de produção de uréia, a produção de niacina, tempo de crescimento e produção de pigmento, amplificação da seqüência de inserção IS6ll0 e pncA, ( RFLP, baseado no polimorfismo dentro do gene pncA). Das 51 cepas, 49 (96%) confirmaram pertencer ao “complexo” M. Tuberculosis, pelo IS6110. Dessas, 42 (86%) como Mycobacterium tuberculosis e a principio 07 cepas (14%) foram identificadas como Mycobacterium bovis, pelo pncA. Dessas, 05 confirmaram ser M. bovis BCG e 02 M. bovis, através do teste da urease. As 02 (4%) cepas restantes foram identificadas como Mycobacterium fortuitum através do tempo de crescimento e da produção de pigmento. Visto que pelo PRA, as cepas do CMTB e de M. fortuitum apresentam perfis muito próximos, verificamos que , a combinação de outros métodos genotipicos e métodos fenotipicos, demostraram ser importantes na diferenciação entre algumas espécies do CMTB e de Micobacterias Não causadoras de Tuberculose (MNT).


Palavras-chave:  "Complexo" M. tuberculosis, Identificação, Métodos fenotípicos e genotípicos, PRA, tuberculose