USO DO EXTRATO DO FUNGO P. SANGUINEUS COMO MICOINSETICIDA

Andrey Azedo (UEA); Cynara Carmo (UEA); Ademir Castro E Silva (UEA); Emerson Bacelar (UEA)

O principal dano causado pelos cupins é conseqüência da sua capacidade de digerir celulose: são os principais agentes biológicos de degradação de madeira. Sua expansão é facilitada pelo transporte de madeira pelo homem de uma região para outra e pelas condições favoráveis encontradas em cidades. Dos fungos amazônicos estima-se que somente cerca de 5% das espécies é conhecida, e que muito pouco é conhecido sobre a sua biologia. A linhagem utilizada neste estudo foi do fungo Pycnoporus sanguineus, coletado nas serrarias e em áreas ao redor de Parintins. Após serem devidamente desidratados os corpos frutíferos do fungo foram triturados em um moedor até se obter uma quantidade suficiente para preparar o extrato (em média 300g em pó). Os cupins foram coletados de ninhos e partes diversas de árvores de diferentes espécies de plantas e residências. O extrato foi preparado em meio aquoso e etanólico em uma concentração de 2%. Em seguida, em cada amostra de extrato foram recortadas 3 tiras de papel filtro (5x3 cm), que foram embebidas no extrato e colocados em placas de Petri, para receber cada placa cerca de 20 espécimes de cupim. Para cada teste foram utilizadas duas amostras controle, que constaram de uma placa + papel filtro seco e uma placa + papel filtro embebido em água e os ensaios com os cupins foram sempre realizados em triplicatas.

A atividade do extrato aquoso foi mensurada pela porcentagem de cupins que sobreviveram após a aplicação. A mensuração foi realizada em  intervalos de 4 a 4 horas, durante 24 horas. De modo geral, após  24h, 86% dos cupins estavam mortos. Esse índice aumentou em 33% para o extrato etanólico. No controle 1, onde foi utilizada água destilada ocorreu, no mesmo período, 15% de morte e no controle 2, onde foi usado papel seco, apenas 7%. Portanto, o extrato etanólico apresentou maior índice de morte dos cupins que o estrato aquoso