25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1002-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

INCIDÊNCIA, ETIOLOGIA E EVOLUÇÃO DA SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO EM PACIENTES INTERNADOS NA UTI DE ADULTOS MISTA

Juliana Pena Porto (UFU); Raquel Cristina Cavalcante Dantas (UFU); Paulo P. Gontijo Filho (UFU); Daniel Chadud Matoso (UFU); Rosineide Marques Ribas (UFU)

Resumo

Introdução: Sepse grave e choque séptico representam uma das principais causas de morbi-mortalidade nas unidades de tratamento intensivo elevando significantemente os custos hospitalares. O objetivo do trabalho foi investigar as taxas de incidência de sepse, sepse grave e choque séptico, bem como a mortalidade, etiologia e comorbidades em pacientes internados em UTI de adultos mista.

Matérias e métodos: Foi realizado um estudo longitudinal de pacientes com sepse, sepse grave e choque séptico hospitalizados na UTI de adultos do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, no período de abril/2007 a março/2008, pelo sistema NHSN (National Healthcare Safety Network) e os microrganismos isolados do sangue foram recuperados no laboratório de microbiologia do hospital.

            Discussão dos resultados: Foram avaliados 502 pacientes com taxa de incidência de sepse foi de 21,3%, com as de natureza hospitalar respondendo por 69,1% do total, e as comunitárias por 30,9%. As freqüências de sepse primária e secundaria foram semelhantes, 47,6% e 52,4%, respectivamente, sendo o pulmão o foco predominante (26,8%), seguido do trato gastrointestinal (21,4%), no segundo grupo. A mortalidade total dos pacientes com sepse, sepse grave e choque séptico foi 9,3%, 40,5% e 54,5%, respectivamente. Os Staphylococcus coagulase-negativo (SCoN) foram os microrganismos predominantes como agentes dessas síndromes (21,0%), seguidos de K. pneumonae (6,0%) e P. aeruginosa (5,0%). Pneumopatia foi a comorbidade mais freqüente (20,6%), seguida de hipertensão arterial sistêmica (17,8%) e nefropatia (16,8%).

            Conclusão: A incidência de sepse foi alta (21,3%), a maioria secundária com o SCoN como principal agente. As taxas de mortalidade foram expressivas nos casos de sepse grave e choque séptico.


Palavras-chave:  sepse grave, choque séptico, Unidade de Terapia Intensiva