COMPLEXOS METÁLICOS DA CURCUMINA: ATIVIDADE
ANTIFÚNGICA FRENTE A FUNGOS DE INTERESSE CLÍNICO.
Maria Aparecida de Resende Stoianoff (UFMG); Marcilene Coimbra de Oliveira (UFMG); Caroline Barcelos Costa (UFMG); Thais Furtado Ferreira Magalhães (UFMG); Karina Silva Monteiro (UFMG); Flávia Maria Rezende da Mata (UFMG); Alice Almeida Gontijo (UFMG); Gisele Almeida Watanabe (UFMG); Ângelo de Fátima (UFMG); Cleide Viviane Buzanello Martins (UFMG)
Resumo
A freqüência
de infecções fúngicas tem aumentado substancialmente nas últimas décadas devido
a fatores debilitantes do sistema imunológico como AIDS, transplantes, terapias
anticancerígenas, uso de glicocorticóides, dentre outros. O tratamento
quimioterápico convencional encontra dificuldades com o pequeno número de
drogas antifúngicas disponíveis e a ocorrência de efeitos colaterais. Assim, o estudo
de novos medicamentos encontra relevância. A curcumina é um pó amarelo
alaranjado encontrado no rizoma do açafrão (Curcuma
longa) e é imensamente utilizada como tempero, principalmente na culinária
asiática. Estudos da atividade biológica foram realizados e, dentre os efeitos
benéficos, destacam-se o poder antiinflamatório, redução do colesterol, a
atividade anticâncer, antifibrótica, antiprotozoária e antiviral. O objetivo do
presente trabalho é a avaliação da atividade antifúngica de complexos metálicos
da curcumina frente a fungos de interesse médico. Nove complexos foram testados,
entre eles, quatro complexos metálicos da curcumina, quatro sais metálicos
desses complexos e a própria curcumina. O teste foi realizado pelo método da
concentração inibitória mínima. Foram feitas três diluições dos compostos: 250,
125 e 62,5 µg/ml. As espécies de fungos testadas foram: Candida albicans, Candida krusei,
Candida parapsilosis, Candida tropicalis, Candida glabrata, Candida dubliniensis,
Cryptococcus neoformans, Sporothrix schenckii, Aspergillus fumigatus, Aspergillus nomius e Paracoccidioides brasiliensis. Todos
compostos foram eficientes contra Paracoccidioides
brasiliensis. Os compostos de 7
a 9 inibiram crescimento de Cryptococcus neoformans. Os compostos 2, 4, 8 e 9 impediram
crescimento de Sporothrix schenckii.
O composto 7 foi eficiente contra C.
glabrata, C. krusei e C. parapsilosis e composto 8 inibiu
crescimento de C. krusei.